História da Rede

Sistematização da Rede Goiás
(2007-2009)



A RECID-GO em consonância com o processo de educação popular transformadora assume-se como elemento transversal ao Programa Nacional de Formação a sistematização das atividades significativas desenvolvidas pela rede no âmbito nacional, mas, sem perder a identidade cultural e a particularidade do Estado de Goiás.


Reconstituição das Experiências do Nosso Estado

Ano de 2007

No ano de 2007 a Rede em Goiás realizou o Encontro Micro-regional com o tema: Reforma urbana sob a visão dos movimentos sociais populares. Esse encontro se realizou no mês de Maio dos dias 25 a 27, com 144 Jovens da região metropolitana e do envolto da cidade de Goiânia, que representavam os movimentos do hip hop, sem teto, pastorais sociais, estudantes e catadores de materiais recicláveis, grupo de vídeo popular e grupos de mulheres, movimentos urbanos pela moradia.

No mês seguinte houve o encontro Estadual em duas etapas dividido entre os dias 19, 20, 21 e 22 de junho no setor universitário, onde reuniu vários seguimentos sociais de Mulheres Camponesas, Pastorais sociais e movimentos ligados a luta em prol da Economia Solidaria, além de representantes do poder público e empresas privadas.

Esse encontro contou com a participação de 141 pessoas que refletiram os temas: Movimento das mulheres Camponesas; Pastoral dos Migrantes; Fórum Goiano de Economia Solidaria por meio de debates e discussões que resultaram em alguns desafios como articular e mobilizar as pessoas para um abaixo assinado para que a previdência continue pública, universal e solidaria, fomentar a criação de outros núcleos para articulação da pastoral dos migrantes e concomitante valorização da cultura popular e ampliar as parcerias pelo o fortalecimento das estratégias (ponto de união) entre o fórum de economia solidaria e os diversos movimentos sociais rurais e urbanos que possam se interessar pela atividade.

Ano de 2008

No ano de 2008, a Rede em Goiás manteve suas atividades de formação por meio de oficinas, rodas de conversas, encontros..., contudo, os destaque estão no Fórum Social do Cerrado, no Encontro sobre juventude com a Temática direitos Humanos: “A violência Urbana Contra a Juventude: Recorte especial para a Violência Policial” e o Encontro micro regional ECOSOL, Com a temática: Mostras de Empreendimentos econômicos solidários; Levantamento da realidade da micro região oeste; conceito de auto gestão e sustentabilidade;

Especificamente o Encontro micro regional ECOSOL que contou com 72 pessoas provenientes do grupo de empreendimento autogestionário, grupo de mulheres; agricultores familiares, se realizou no Município de Porá em 22 de maio com o intuito de discutir o Papel da Rede no Brasil em Goiás e fortalecer o movimento de economia solidaria e agricultura familiar; implementar a cultura de autogestão; a democracia e solidariedade entre os empreendimentos e os agricultores familiar da micro região oeste. A metodologia utilizada se deu praticamente na Mostra de empreendimento econômico solidário, no Levantamento da realidade da micro região oeste, nas reflexões sobre a legalidade para a comercialização de produtos como a farinha e a viabilização de recurso por meio do melhor aproveitamento do produtos do cerrado, além de criar e incluir no orçamento a lei de incentivo a cultua; criação do fundo municipal do economia solidaria; organizar cooperativas de pequeno produtores de artesanato; dificuldade com as administrações publicas.

O Encontro micro regional em Goiânia se deu em 07 de junho com um números de 40 pessoas participantes dos conselhos, cooperativas de pequenos agricultores; movimentos sociais de luta pela terra; pastorais sociais; grupos de mulheres; agentes posturais negros, com a idéia de discutir e coletivamente construir as assembléias populares nos bairros e comunidades e discutir as questões dos direitos sociais com os seguimentos da sociedade organizadas como a Caritas brasileira; Assembléia Popular; CPT; Grito dos Excluídos. Para isso, se refletiu o Histórico dos direitos sociais/ universalização dos direitos sociais, a Previdência social e seguridade social. Se discutiu ainda, a Reforma da previdência e Reforma Tributaria juntamente com o sistema energético e campanha pela redução do preço da energia elétrica.

O resultados obtidos nesse encontro regional, teve como destaque o desafio de se realizar um seminário ainda em junho com o tema dos direitos sociais e apresentar o resultado do processo de formação no dia 7 de setembro no grito dos excluídos, além de ampliar as discussões dos temas do encontro junto a sociedade.

Nos dias 13 a 15 de junho a Rede Goiás aprofundou a reflexão da educação popular e avaliou a caminhada da rede no estado em um encontro Estadual com a temática “Identidade da REDE em Goiás; além das temáticas paralelas: Etanol; distribuição de renda; gestão municipal; desequilíbrio ambiental; eleições dos Estado Unidos da América; crise de produção de alimentos; o retorno da discutição do CPNF; crise administrativa do governo estadual; fragmentação dar forças de esquerda e a aliança do PT ao PMDB; questão ambiental no cerrado; imposto sobre a matéria prima paga pelos empresários; líder das FARCs assassinado no equador; produção de alimentos versos monocultura e processo da reforma agrária emperrado.

As 40 pessoas representantes dos conselhos, cooperativas de pequenos agricultores; movimentos sociais de luta pela terra; pastorais sociais; grupos de mulheres; agentes posturais negros que participaram desse encontro assumiram na época a Elaboração de projetos para definir a missão e outros aspectos; articulação com os territórios (MDA, Moradia e cidadania, ONGs e outras secretarias); escola de educadores populares; traduzir o PPP numa linguagem popular; formar grupos de estudos para a troca de experiências e aprofundamentos teóricos, capilarização da rede em outros municípios e o aprofundamento da metodologia da educação popular.

Ainda em junho, mais precisamente nos dias 26 a 30 se trabalhou com um numero de 40 jovens da periferia do município de trindade do Setor Palmares, o preceito e como isso é visto na ótica dos direitos humanos centrado no direito a vida, sob a luz do livro do frei Beto “Historia Social dos Diretos Humanos. Com o objetivo de capacitar, esses jovens com potencialidade para serem multiplicadores na garantia de diretos e denuncias das violações aos direitos humanos, o que se conseguiu segundo a avaliação feita pelos os participantes no final do encontro.

O ano de 2008 chegou ao fim com Fórum Social do Cerrado que se realizou em duas etapas com 40 participantes do coletivo jovem do meio ambiente; de estudantes; dos movimentos sociais da terra, mulheres de assentamento urbano, teatro do oprimido e do CMI, com o objetivo de fazer a articulação e preparar para o Fórum Social Mundial.

Outros objetivos que destacamos era de analisar a realidade (O que anunciamos e o que denunciamos), discutir com os movimentos e a sociedade civil organizada questões preocupantes no cenário brasileiro possibilitando a participação de outras pessoas impedidas de irem ao fórum social mundial

Os debates ocorreram na perspectiva com seguintes conteúdos: Modelo fundiário; reforma agrária; trabalho escravo; migração; etanol; crise financeira; economia solidaria; organização social em rede e educação popular; autogestão; comunicação social; cultura e educação sob a luz da seguintes questões levantada pelo o coletivo: como fazer a articulação e preparação para o fórum social mundial e como se chagar a elaboração da carta a partir das folhas de propostas discutidas ao longo do encontro (O que anunciamos e o que denunciamos)?

Assim se chegou às propostas de articulação dos grupos para o Fórum Social Mundial pela a formação de uma equipe para a elaboração da carta a partir da folha de proposta do Fórum Social do Cerrado e pela a adesão de mais grupos para participar da rede nos estado; articulação para as temática do Fórum Social Mundial; momento para formação permanente para um Fórum social do cerrado.

Ano de 2009
O ano de 2009 iniciou com o trabalho de construção do Relatório pedagógico mensal (de Janeiro à junho) com os temas: Gênero; Reforma agrária; Economia Solidaria; Educação Ambiental; Formação política; Políticas Publicas para a Juventude.
Contamos com a ajuda dos movimentos dos Movimentos urbanos e rurais; Rede cerrado, Teatro do oprimido; Centrais Sindicais; Coletivo Jovem do Meio Ambiente; Eldorado dos Carajás, CRAS; COMSEA; Movimento Negro; Vídeo Popular; ASLO; Indegestos; Habitat; DANDARA; Pastoral Afro e Vegetarianismo; CPT; RCB; GLBTs; Visual Ilê; Pastoral da juventude; Rede Trama; IBRACE; Grito dos excluídos; MMC; Colcha de Retalhos; HIP HOP; Sertão; PUGO; ITS; Quilombola, ECOSOL; ANEPS que vieram dos mais vaiados municípios como: Iporá; Faina; Rio Verde; Jataì; Nova Veneza; Guapó; Abadia de Goias; Uruaçu; Trindade; Aparecida de Goiânia, Senador Canedo; NIquelândia ; minaçú; nhumas; Caçú e Goiânia, Cidade de Goiás; Ipameri; Caldas Novas; Anapolis; ITaberai; Itapirapuã; Itarumã e Cachoeira Alta; Palmeiras de Goias; São Miguel do Artaguaia; Orizona; Araguapas; Araguainia; Piracanjuba; Itaporanga.
Esse esforço se deu com o objetivo de registrar os relatos e as experiências de formação, reflexão, comunicação, articulações realizadas pelos movimentos sociais, sociedade civil e da própria Rede Goiás e sistematizá-las.
Se debateu nesse momento a Educação popular; a pesquisa participante; os Direitos Humanos; Organicidade; Sustentabilidade; Formação e trabalho de Base; Concepção de Redes; Um outro mundo possível no jardim America; Fragmentação das forças sociais; Consolidação do Crescimento econômico no Brasil; a Relação entre movimentos Sócias e ONGs na Coordenação do FSM; Construção e discussão de uma carta do fórum social do Cerrado; educação popular como política pública; resistência cultural; juventude e segurança publica; avanço da cultura da cana em Goiás; impactos ambientais do agro negocio; o hidronegocio; segurança publica; juventude e violência; afetividade no mundo juvenil; direito a saúde; samba e cultura popular; agricultura camponesa e plantas medicinais; Lei Maria da Penha e violência contra a mulher; funcionamento da sociedade; transformação da sociedade e juventude; direitos humanos e direito a alimentação adequada/ PEC 046/2003; crise: modelo e desenvolvimento que queremos e Lei de cooperativismo com foco em economia solidaria; como conhecer profundamente a realidade?; Arte popular; musica e dança afro; trabalho e arte; lutas sócias e superação do capitalismo.
Como definições política pedagógica obteve-se o Planejamento da Rede; realização e sistematização de experiências; Reunião mensal da equipe dos educadores liberados e a coordenação para planejar, avaliar; pesquisa participante; formação e trabalho de base; modelo de desenvolvi mento em Goiás e metodologia em educação popular; extermínio dos jovens; violência policial; lutas sociais na America latina; auto gestão social; geração de renda; organização em grupo produtivo; geografia da indústria em Goiás; desafio dos movimentos sociais e alternativas para a solidariedade de classes.
Criação de uma lista de discussão do Fórum Social do Cerrado para facilitar articulação e comunicação das atividades; Participação de novos grupos na RECID GO; reunião de 32 grupos de movimentos sociais, pastorais e sindicatos em torno de uma mesma agenda; participação da Rede GO no Fórum permanente do Grito do Excluídos e comissão executiva da conferencia de segurança pública de Goiás; Planejamento coletivo de oficinas, debates, atividades culturais, rodas de conversas, avaliação critica da Rede a luz do PPP; interiorização no estado; publicização da educação popular na escola formal.
Dessa forma, no bairro Criméia Leste em Goiânia aconteceu o encontro de planejamento participativo da Rede local nos dia 14 e 15 de março com a participação de 40 pessoas dos Movimentos urbanos e Rurais; pastorais Sociais; GLBTs; CJ; Jovens do Pró-jovens, com o tema “ Planejamento participativo das ações para 2009: Análise da realidade”.
O objetivo era definir a partir do acompanhamento da atividades da oficinas e atividades propostas um grupo de estudo aberto quinzenal com um cronograma de temas a serem aprofundados; realizar escolas de formação com referencial freiriano; aprofundar qual o papel da RECID na construção do PPB e PPP.
Os resultados obtidos foram: Garantir o exercício concreto da metodologia em educação popular critica freireana; sensibilizar os coletivo nas lutas mais amplas e Também para as políticas publicas; avanças no campo da sustentabilidade para garantir autonomia da REDE; denunciar e confrontar a violação dos direitos humanos em Goiás com um recorte de Gênero, cor e Classe com enfoque para a criminalização dos movimentos sociais; intervenções sobre o avanço da cana e das hidrelétricas e Goiás; articulação do PPB com outros coletivos para a mudança social; como democratização da comunicação; realizar oficinas de elaboração de projeto para captação de recursos; oficinas de comunicação; seminário sobre educação popular aberto ao publico.
Nos mês de junho ocorreram os Encontros Microrregional: Avanço do Capitalismo em Goiás (20 e 21 de junho) e o Encontro Estadual: Escola de Educador@s populares (26 a 28 de junho).
O encontro microrregional teve como objetivos discutir e aprofundar sobre o modelo de desenvolvimento e avanço e crise do capitalismo em Goiás e os desafios do movimentos frente a leitura da realidade e o objetivo do Encontro Estadual: Escola de Educador@s populares era de aprofundamento contínuo das praticas, referenciados na metodologia da educação popular critica.
Esse dois eventos juntos reuniram 140 participantes representante de Movimentos sociais de luta pela reforma agrária, pela reforma urbana, Aneps, CONSEA, estudantes, grupo de mulheres, educadores popular, Ecosol, Escola Família Agrícola de Orizona, educador@ as dos movimentos rurais e urbanos, pastorais sociais, Aneps, Consea, estudantes, professor@s da rede pública, GLBTS e educador@s sociais, que colaboraram com as discussões sobre os temas: Histórico Avanço do Capitalismo em Goiás; Desafios dos Movimentos Sociais; Direitos Sociais dentro da nova conjuntura; Forças contra e a favores da manutenção e ampliação dos direitos e riscos; alternativa para a Solidariedade de Classe.
Experiências e praticas da educação popular em Goiás; Diferentes concepções da educação popular e a Historia e referencias da educação popular; perspectivas da educação popular critica freireana; metodologia da educação popular freireana; programa de formação a partir dos temas geradores; cuidados importantes na educação popular.
Em especifico as definições políticas pedagógicas o Encontro Microrregional: Avanço do Capitalismo em Goiás destacou a Construção das assembléias populares locais e/ ou comunidades, discutindo a questão dos direitos, encaminhar as auto-declarações, passar o filme assistindo para as comunidades, além de retomar a discussão da unificação das lutas dos movimentos sociais. As definições políticas pedagógicas do Encontro Estadual: Escola de Educador@s populares foram a realização de mais duas etapas da escola de educadores popular, estudar o 3º capitulo do livro “A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire”.
A importância desses encontros estão em uma maior articulação das entidades para a discussão do tema avanço do capitalismo em Goiás, somada a interiorização da Rede e ampliação da Rede com outras Organizações, além da partilha da experiências e dos processos de formação dentre eles com educador e educadoras que atuam na educação formal