quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Fetaeg realiza reunião para iniciar processo de negociação do setor canavieiro


O objetivo é fazer uma avaliação e marcar as datas das assembleias nos municípios
O setor canavieiro de Goiás inicia o processo de negociação no próximo dia 23. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Goiás (Fetaeg) irá realizar uma reunião em sua sede com os dirigentes sindicais ligados ao cultivo da cana de açúcar para fazer uma análise sobre o ano passado e agendar as datas das assembleias nos municípios.
De acordo com o diretor de Assalariados da Fetaeg, José Maria de Lima, a expectativa para este ano é avançar e garantir direitos aos trabalhadores e trabalhadoras nas usinas de cana e, ainda, verificar se o acordo será cumprido.
Após essa reunião, o próximo passo será a realização das assembleias e propostas de pauta de reivindicação, para posteriormente levar às mesas de negociação com o Sindicato das Indústrias Fabricantes de Etanol e Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçucar).
Segundo José Maria, espera-se que a negociação seja realizada até a segunda quinzena de abril, já que a data-base da categoria está fixada em 20 de abril.

Serviço:
Reunião para início das negociações do setor canavieiro
Data: 23/01/2013
Horário: 9h
Local: Fetaeg
Contato: José Maria de Lima – (62) 8118-3936

Terra Livre, Organiza Novo Ocupação na Fazenda Santa Maria, Município de Lagoa Santa: Localizada a 450-KM da Capital Goiânia.


 MOVIMENTO POPULAR TERRA LIVRE

                                                                                            Goiânia, Goiás 14 de Janeiro 2 013
Nota a imprensa

     Terra Livre, Organiza Novo Ocupação na Fazenda Santa Maria, Município de Lagoa Santa: Localizada a 450-KM da Capital Goiânia.

     Na madrugada de Domingo dia 13 /01 de 2013 cerca de 70 famílias organizada no Terra Livre da região de Itajá e Lagoa Santa . Decidiram reocupar pela terceira vez a Fazenda Santa Maria.

   A fazenda se encontra seqüestrada pela Justiça em favor da Fazenda Publica Nacional, já a mais de dois anos, foi solicitada ao Incra a realização de vistoria técnica, para aferir o grau de produtividade e sua viabilidade para Reforma Agrária, em seguida  solicitar ao juiz do processo para que  a mesma seja destinada para a Reforma Agrária , mas infelizmente até o momento não foi realizada. As famílias cansadas de esperar decidiram por reocupar novamente a Fazenda para cobrar agilidade do Incra.

    A presidenta Dilma Rulsseff, abandonou a política de Reforma Agrária , preferindo atender o agro negócio. O INCRA  está sendo desmontado, centenas de áreas já com decreto aguardando pagamento das TDA,s em BSB, o INCRA não realizar novas vistorias, e as áreas já com decreto estão prescrevendo por decurso de prazo.

   Solicitamos a Superintendência do INCRA /GO , que encaminhe urgentemente a vistoria das fazendas e faça gestão, junto ao Juiz do processo , com objetivo que a mesma seja destinada para assentamento das famílias.

No Brasil para  combate verdadeiramente a  miséria é preciso   fazer Reforma Agrária .

 Secretaria de Comunicação Terra Livre 
Direção Estadual do Terra Livre  Goiás.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Financiamento público eleitoral poderá ser votado em 2013, mas divide opiniões


Em tramitação no Congresso já há mais de uma década, propostas de reforma políticas continuam dividindo as opiniões entre os deputados. As visões divergem sobre quase todos os pontos, tanto que a votação das propostas acabou adiada para 2013. Entre os pontos mais polêmicos se destaca a eventual implantação do financiamento público exclusivo para campanhas eleitorais.
Atualmente, o financiamento das campanhas é misto, cabendo uma parte a doadores particulares e outra aos cofres públicos, por meio dos fundos partidários e do horário gratuito de televisão e rádio. Os que defendem o financiamento exclusivamente público acreditam que ela vai reduzir a corrupção política e equilibrar a disputa, hoje cada vez mais concentrada na capacidade de cada candidato ou partido de arrecadar recursos. A ideia é defendida pelo deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC). "Muitos dizem que falta dinheiro para a saúde, para a educação e vamos por na política? É mais barato para o Brasil o financiamento público do que deixar empresas doarem para as campanhas. Aí vai dar caixa 1, caixa 2, caixa 3, caixa 4... e esse país vive nessa bagunça generalizada", afirma.
A opinião é compartilhada pelo deputado Ângelo Agnolim (PDT-TO). "Nós a cada ano, a cada eleição, vemos se agigantar a mercantilização do processo eleitoral. É preciso dar um basta nisso, nós precisamos dar um limite nisso, precisamos de outro modelo de eleições", defende.
Corrupção
O deputado Lincoln Portela (PR-MG), no entanto, afirma que o financiamento público não é antídoto contra a corrupção. "Eu tenho 853 municípios no estado de Minas Gerais. Meus militantes rodarão estes municípios de graça, sem receberem nada? Financiamento público de campanhas com o problema que nós temos de crack no Brasil, com o Brasil violento como nós estamos, tirando dinheiro da casa própria, tirando dinheiro da educação para que os políticos possam fazer as suas campanhas e dizer que isso é contra uma corrupção maior que pode acontecer? Ministério Público está aí fiscalizando", questiona.
Para o deputado Paulo Feijó (PR-RJ), boa parte da responsabilidade é do próprio eleitor. "Ele vota hoje naquela de quem dá mais. É claro que tem muito eleitor que vota conhecendo o candidato, a sua estória, os serviços prestados, sua ideologia, tem também o voto da amizade. Mas hoje só com esse voto não se ganha eleição no Brasil”, critica.
Feijó acrescenta que, em sua opinião, o financiamento público vai gerar perante a esse “eleitor viciado”, que seria a grande maioria, uma ideia de que todos os candidatos terão acesso a dinheiro público com facilidade.
Pela proposta em análise, haverá uma lista de votação feita pelos partidos nas eleições legislativas. Mas os votos dados para cada candidato poderão modificar a ordem dessa lista.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Documentário Ficha Limpa MCCE

Provocações - com o líder do MST João Pedro Stedile - 08/01/2013

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Assine petição contra a nomeação de Kátia Abreu para o ministério de Dilma


Da Página do MST

O Movimento Brasil pelas Florestas lançou uma petição pela internet contra a nomeação da senadora Kátia Abreu (PSD - TO) para o ministério da presidenta Dilma Rousseff.

“A nomeação de Kátia Abreu representaria um passo a mais na direção dos interesses do latifúndio e das multinacionais do agronegócio. Caso essa ação se confirme será entendida por nós como um sinal do rompimento definitivo do governo federal com o desenvolvimento sustentável”, diz a petição.

Clique aqui para assinar a petição
A imprensa tem divulgado que a senadora é cotada pelo Palácio do Planalto para uma possível reforma ministerial em 2013.

Kátia Abreu comanda o bloco ruralista no Congresso e é presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), principal associação ruralista do país. Em 2012 a senadora esteve entre os principais articuladores das alterações no novo Código Florestal, que anistia desmatadores e incentiva o desmatamento.
Ela já recebeu o prêmio Motosserra de Ouro, do Greenpeace, símbolo de sua luta incansável pelo esfacelamento da lei que protege as florestas do país.
Kátia Abreu já foi alvo de ação civil do Ministério Público na justiça de Tocantins por descumprir o antigo Código Florestal, desrespeitar povos indígenas e violar a constituição. Seu filho, o deputado Irajá Abreu (PSD - TO), é dono da fazenda Aliança em Aliança dos Tocantins, que recebeu dois embargos por danos ambientais: um por desmatamento de reserva legal e outro por retirada de APP, totalizando 75 hectares de perda de mata nativa.
O Brasil Pelas Florestas é um movimento apartidário, que surge como uma demanda da sociedade pela necessidade de conservação do que ainda resta de florestas e da biodiversidade nesse país.

Unaí registra 1260 casos de câncer em 2011: agrotóxico na produção de feijão estaria aumentando casos


Reportagem do Jornal O MOVIMENTO

Obs.: Segue, abaixo, o texto da reportagem, sem as fotografias e sem a formatação da versão imprensa do Jornal.

UNAÍ REGISTRA 1260 CASOS DE CÂNCER EM 2011. Agrotóxico na produção de feijão estaria aumentando casos de câncer.

Chamadas de capa:

a) Frei Gilvander Moreira diz que a construção de hospital do câncer em Unaí é sinal da gravidade do problema

b) A audiência pública foi realizada em Belo Horizonte, longe do problema

O deputado federal Padre João (PT/MG) denunciou, pela internet, que o uso indiscriminado de agrotóxico na produção de feijão elevou para 1260 o número de casos de câncer, em adultos e crianças, na região de Unaí, em 2011. A situação foi denunciada, também, na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, realizada em Belo Horizonte, dia 12 de dezembro, solicitada pelo deputado Rogério Correia (PT), que tratou, ainda, da criminalização de militantes vinculados a movimentos sociais. Ele explicou que, apesar da realidade local ser de amplo conhecimento público, o Judiciário protege empresas que usam defensivos e criminaliza os movimentos sociais. “É um fato inusitado. O feijão produzido em Unaí está envenenado e a punição recai sobre quem denuncia”, indignou-se. O deputado referia-se ao Frei Gilvander Luís Moreira, que, há um ano, mantém vídeo na internet denunciando o problema, e está ameaçado de prisão. PÁGINA 3

CARTA DO EDITOR José Edmar Gomes

Feijão de manhã, no almoço, na merenda e no jantar

Não bastassem o porquinho com cara de gente; a mula-sem-cabeça; a sucuri chifruda; o bicho-que-come-outros-bichos-e-ninguém-vê-o-bicho; os ataques dos romãozinhos do crack; o cachorro que bebe cerveja... A poeira arsênica; os loucos das escolas americanas; o fim do mundo dos malas, quer dizer, dos Maias... Agora nos vêm os grãos de feijão envenenados das terras das águas negras? É demais para o meu sertão! Vida mais que severina essa vida urucuiana: ou se morre por falta de feijão ou se morre comendo os seus grãos envenenados pelo negoção, que parece que quer matar o povo para ter a terra somente para si. Mas, assim, o negoção acaba matando é a si mesmo.

Já pensou se nós decidíssemos não comprar mais feijão na venda, na budega, no armazém, no supermercado, no hipermercado... A gente fica vivo e o negoção do feijão envenenado morre.

E se todos nós decidíssemos plantar o nosso próprio feijão? Feijão plantado no quintal, no jardim, no xaxim, no canteiro central da avenida, na beira da BR, das estradas, nas ruas, nas praças, nos buracos das calçadas, nos buracos do asfalto, nos lotes vazios...

Fava, feijão preto, feijão branco, feijão roxo, feijão rajado, feijão-guandu, feijão roxinho, andu, feijão pra todo lado. Feijão fradim, feijão padre, feijão frei, feijão bispo, feijão papa, feijão valha-me-Deus...

Essas pessoas que plantam feijão com veneno, que vendem feijão envenenado, que fazem de conta que feijão envenenado é bom, só podem estar loucas. Gente normal e decente não faz isso.

Autoridade que deixa feijão envenenado chegar à merenda escolar das criancinhas está prevaricando. E quem prevarica, um dia receberá terrível castigo: terá que encarar o ministro Joaquim Barbosa, em pleno plenário do Supremo Tribunal Federal. Já pensou?

Mas, há uma solução para esta insanidade toda. Sugiro que, depois que a polícia identificar quem está envenenando nosso feijãozinho de cada dia, que tais loucos sejam internados na clínica de recuperação de “loucos” de Unaí e que os enfermeiros e bedéis de lá os obriguem a comer feijão no café da manhã, no almoço, na merenda, no jantar...

Feliz Natal, de todo coração, a todos. E sem nenhum veneno.

Agrotóxico na produção de feijão estaria aumentando casos de câncer. Parlamentar diz que Judiciário local protege empresas que usam defensivos e criminaliza movimentos sociais

O número de casos de câncer em adultos e crianças, motivado pelo consumo e contato com agrotóxicos, está crescendo em Unaí, cidade a 100 quilômetros de Paracatu. Em 2011, segundo dados divulgados pelo deputado federal Padre João (PT/MG), na internet, o número de casos chegou a 1260. A gravidade da situação foi denunciada por movimentos sociais, professores e membros do Poder Judiciário, na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de MG, dia 12 de dezembro, solicitada pelo deputado Rogério Correia (PT), que tratou, ainda, da criminalização de militantes vinculados a movimentos ambientais e sociais. De acordo com o parlamentar, o assessor de Comunicação da Comissão Pastoral da Terra, Frei Gilvander Luís Moreira, estaria sendo ameaçado de prisão por juiz local, por ter disponibilizado um vídeo na internet, que traz depoimentos sobre os efeitos dos agrotóxicos na região.

Vídeo – O deputado Rogério Correia explicou que, apesar da realidade local ser de amplo conhecimento público, o Poder Judiciário tem protegido as empresas que fazem uso dos defensivos e criminalizado os movimentos sociais. “É um fato inusitado. O feijão produzido em Unaí está envenenado e a punição recai sobre quem denuncia”, indignou-se. Frei Gilvander confirmou as denúncias e apresentou o vídeo com depoimento sobre o uso de tóxicos no feijão. Ele destacou o fato de a cidade estar preparando a construção de um hospital do câncer, apesar de ter menos de 100 mil habitantes. “Nenhuma cidade no Brasil desse porte conta com um estabelecimento de saúde especializado para esse fim. É mais uma prova de que o problema é grave”, reforçou.

O Jornal O Movimento tentou ouvir autoridades da Secretaria de Saúde de Unaí sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição a Secretaria não retornou as ligações.

Irregularidades: O assessor do deputado federal Padre João (PT-MG), Francis Guedes, afirmou que existem agrotóxicos utilizados no Brasil de modo irregular, uma vez que teriam sido autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de forma fraudulenta. Segundo o assessor, por meio de laudos preparados com assinaturas falsificadas, os defensivos foram liberados sem análise laboratorial. “O deputado Padre João lidera, na Câmara dos Deputados, uma campanha contra agrotóxicos, que pretende sensibilizar o Governo Federal, por meio dos órgãos competentes, e realizar um estudo sobre o impacto do uso desses venenos na população de Unaí e região”, disse.

Vídeo relata até banhos de veneno

No vídeo postado no You Tube ainda no final de dezembro do ano passado, o Frei Gilvander Moreira entrevista a funcionária de uma escola de Arinos, chamada apenas por Edivânia e o produtor rural, Washington Fernandes Moreira. Os dois confirmam que o feijão consumido na região exala mau cheiro ao ser retirado da embalagem. Edivânia disse que qualquer cantineira de escolas da região sabe do problema. Ela afirma que, para ser consumido pelas crianças, é preciso colocar o produto de molho de um dia para outro e, antes de cozinhá-lo, “é preciso lavar e relavar de novo”. A funcionária concorda quando o padre relaciona o alto índice de casos de câncer em Unaí ao uso indiscriminado de agrotóxico no cultivo do feijão e revela que a escola está plantando seu próprio feijão para deixar de consumir o feijão fornecido pelo Programa da Merenda Escolar que, segundo ela, possui alta concentração de “veneno”.

O produtor rural Washington Fernandes Moreira, por sua vez, afirma que depois que se abre o saquinho de feijão, ninguém tem coragem de cozinhar o produto por causa do mau-cheiro. Ele diz que passou a produzir feijão na sua propriedade para não consumir o feijão vendido no mercado. Quando questionado pelo Frei do porquê de os produtores optarem por usar desfolhantes ao invés de capinar o mato no preparo da terra para o plantio do feijão, Washington responde que “é mais barato jogar veneno”. O agricultor explica que um litro de veneno custa R$ 12,00 e pode ser borrifado em meio dia de trabalho numa roça onde seriam pagos “de 100 a 200,00 contos” para ser limpa na enxada. “Mas o veneno fica na terra”, adverte Washington”. O produtor ainda revela o estranho caso do banho de veneno do qual ele foi uma das vítimas. “O avião passou baixinho e deu uma borrifada na caminhonete”, na qual ele e seus companheiros viajam.

“Tivemos que parar para lavar o carro. Ninguém agüentava o mau-cheiro”, revela. Washington conta ainda que seus companheiros de viagem também levaram banho de veneno quando andavam de moto pela região produtora de feijão. “Eles tiveram que jogar a roupa fora, lavar as motos e sentiram dor de cabeça e mau estar”. Em outro vídeo, também postado no You Tube, o deputado Padre João (PT-MG), presidente da Subcomissão de Segurança Alimentar da Câmara dos Deputados afirma que as Universidades Federais do Mato Grosso e do Paraná, além da Fiocruz, provaram o nexo direto entre o uso do agrotóxico na produção de feijão e o aumento no número de câncer em Unaí e, para ele, é um absurdo que esta situação tenha chegado à merenda escolar. O deputado cita os 1260 casos de câncer catalogados em Unaí, em 2011, e assegura que número tão alto não é registrado em lugar nenhum do mundo. “O ministério Público tem que punir quem está envenenando o povo”, afirma o deputado mineiro.
“Veneno está nas mesas das pessoas”

A professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Eliane Novato Silva, fez um relato técnico sobre os efeitos do contato com os agrotóxicos nas pessoas, especialmente em crianças. Ela garantiu que há evidências laboratoriais e teóricas de que os defensivos podem causar malefícios crônicos de curto, médio e longo prazo. Para ela, é preciso uma grande mobilização social para que essa prática seja banida da sociedade brasileira. “O veneno está na mesa das pessoas, tanto no campo quanto nas grandes cidades. Estamos consumindo produtos que já são proibidos em todo o mundo, há muito tempo, mas são permitidos no Brasil”, alertou.

O membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG, Élcio Pacheco, reforçou as palavras da professora e tratou como “genocídio” o uso de agrotóxicos no país. Para ele, é preciso que sejam criadas políticas de Estado que acabem com a situação desumana e degradante na qual vivem trabalhadores próximos às plantações. “O Poder Judiciário e o governo estadual são coniventes e protegem as empresas que fazem uso desse veneno contra as pessoas”, criticou.

Fiscalização - O representante da Fetaemg, Rômulo Luiz Campos, também criticou a atuação do Poder Judiciário em Unaí, que ameaça frei Gilvander por ter denunciado esta realidade. Segundo ele, os órgãos públicos deveriam fiscalizar os efeitos dos agrotóxicos nos alimentos e evitar que os casos sejam recorrentes no Estado. “A população de Unaí não é a única vítima desse mal. Outras cidades sofrem com o mesmo problema. A ALMG precisa exigir que o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) faça análises criteriosas dos alimentos que vão para as mesas das pessoas”, cobrou.

O procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Conflitos Agrários, Afonso Henrique de Miranda Teixeira, destacou, ainda, que o uso do agrotóxico está diretamente ligado à reforma agrária. De acordo com ele, não se trata apenas de repartir terra, mas também de definir novos modos de produção no campo. “E o veneno, hoje, é usado em alta quantidade e toxidade”, salientou.

A defensora pública e coordenadora da Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, Ana Cláudia Silva Alexandre, anunciou que foi aberto procedimento administrativo para averiguar o caso de Unaí, e que o problema é de saúde pública, impacta a Previdência Social e a Assistência Social.

FONTE: Jornal O MOVIMENTO

Ano XXIII, n. 431 – omovimento(0)ada.com.br – Paracatu, MG – Dezembro/2012, matéria de capa e p. 3 toda. www.ada.com.br/omovimento )