segunda-feira, 4 de março de 2013

A UEG que vemos Vs A UEG que queremos


“Ensinar exige compreender
que a educação é forma de
intervenção no mundo”.
Paulo Freire

A Universidade Estadual de Goiás passou um processo de interiorização que foi fundamental para democratizar o acesso ao ensino superior para pessoas que, talvez de outra forma,jamais teriam alcançado o nível superior. Além disso, a instituição ainda conta com dois mestrados a área das Ciências Humanas e dois em Ciências Exatas, um DINTER (Doutorado Inter Institucional) em parceria com a UFF (Universidade Federal Fluminense). Nós, da UEG, contamos com doutores, mestres e pós-graduandos que realmente acreditam nessa universidade e que buscam ampliar em termos qualitativos o ensino, a pesquisa e a extensão. Muitos dos alunos formados na UEG são bem sucedidos na aprovação em mestrados em diversas universidades federais pelo Brasil. Em suma: a UEG apresenta uma grande potencialidade para se tornar referência no que se refere ao ensino superior tanto em Goiás quanto no Brasil.
Entretanto, o ano de 2013 não começa muito bem. O Ministério Publico exige a realização de concurso públicos para funcionários administrativos e professores, uma vez que a universidade conta com menos de 40% de quadro de profissionais efetivos.
Os problemas são muitos: a Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas  de Anápolis (UnUCET), até o momento,ainda não conta com o restaurante universitário prometido para o final do primeiro semestre de 2012 e ainda está, até mesmo, sem lanchonete. Já a Unidade de Ciências Sócio Econômicas e Humanas, também localizada em Anápolis, recebeu ordem do MP para realizar a interdição dos seus prédios e o remanejamento imediato dos alunos para um local sem risco de desabamento, em decorrência da idade e infraestrutura atual do imóvel. NaUnidade Universitária de Itumbiara, o curso de Farmácia conta com estudantes que já cursaram metade da graduação sem ter  1/3 das aulas, por falta de laboratórios e equipamentos.
Os problemas não param por aí: podemos colocar aqui o relatório das unidades que estão com deficit de professores, sem biblioteca e outros problemas. Em algumas unidades universitárias, o ano começa sem luz, sem internet. Em outras sem professores e até sem água. Em todas, sem esperança.
Enquanto o atual Governador Marconi Perillo “passeia” pelo estado prometendo abrir ainda mais unidades, o circo pega fogo! Os bens de dois dos três únicos reitores que a UEG já teve – José Izecias e Luís Arantes – foram bloqueados por corrupção e desvio de verba. Se isso não bastasse, agora o concurso da PM e Civil, realizados pelo Núcleo de Seleção da UEG, são cancelados por suspeitas de fraldes no gabarito das provas, onde a diretora Eliana Nogueira é indicação do Governador.
Para aqueles que pensavam que nós da UEG estávamos “por cima” por não constar o nome da universidade na listagem de cursos fechados pelo MEC, se enganaram e muito... Inclusive o próprio MEC deveria se ater mais ao caso da UEG e de outras universidades estaduais não somente ao das Federais, exigindo junto ao governo um mínino de seriedade para com a UEG.
Nota-se que a organização dos pares para modificação dos quadros já começou. Os professores se mobilizaram em busca de mínimas condições de trabalho, reajuste salarial, ampliação do Regime de Dedicação Exclusiva (D.E.), revisão do Plano de Cargos e Salários, concurso, etc.  Observa-se a grande perdade professores para as federais e demais estaduais, por estas oferecerem melhor estrutura de trabalho e valorização profissional.
Em busca por melhorias, os estudantes da UEG estão construindo assembleias nas unidades, tendo em vista que a política voltada aos estudantes é extremamente deficitária. A falta de assistência estudantil é tamanha que impossibilita até a presença dos representantes dos alunos ao Conselho Superior Universitário, por não haver suporte por parte da instituição com os mesmos.
Nós, alunos da UEG, sempre tivemos uma atitude combativa: ocupamos rodovias federais, reitoria e as ruas de Goiânia e Anápolis para que nossos gritos fossem ouvidos. E agora, mais do que nunca, é precisoocupar as ruas e fazer o Governo de Goiás notar que sem estrutura não existe universidade. Se não querem nos dar uma educação de qualidade, não os deixaremos em paz!
E é por isso que gritamos: Quem disse acabou? Quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!
As principais pautas o Movimento Estudantil:
1. Política de assistência estudantil.
Bolsa Permanência;
Casa dos Estudantes e restaurante universitário as unidades que necessitam;
Paridade nos votos em todas a instâncias entre professores, estudantes e funcionários;
Meia passagem intermunicipal e passe livre municipal para os estudantes;
 Ampliação e aumento do valor das bolsas PBIC oferecidas pela UEG;
Transporte para estudantes em eventos acadêmicos e aulas de campo;
Reativação das lanchonete nas unidades que estão sem, com preço acessível;
Transporte para os estudantes do M.E. fazer intercâmbio entre as unidades;
Atividades de integração entre as unidades;
Atualização do Acervo bibliográfico;
Construção e atualização dos Laboratórios;
Diminuição do valor das multas da Biblioteca;
Apoio Pedagógico;

2.Aumento do financiamento público de 2% para  5% da receita fiscal do estado para a UEG.
3. Fim da cobrança de qualquer mensalidade pelos cursos oferecidos pela UEG e rompimento dos contratos com as fundações privadas que gerem as finanças desses cursos

Jefferson Acevedo- Presidente DCE- UEG/ Gestão Levado a Sério 2012-2014

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