“Ensinar exige
compreender
que a educação é forma
de
intervenção no mundo”.
Paulo Freire
A Universidade Estadual de Goiás
passou um processo de interiorização que foi fundamental para democratizar o
acesso ao ensino superior para pessoas que, talvez de outra forma,jamais teriam
alcançado o nível superior. Além disso, a instituição ainda conta com dois
mestrados a área das Ciências Humanas e dois em Ciências Exatas, um DINTER
(Doutorado Inter Institucional) em parceria com a UFF (Universidade Federal
Fluminense). Nós, da UEG, contamos com doutores, mestres e pós-graduandos que
realmente acreditam nessa universidade e que buscam ampliar em termos
qualitativos o ensino, a pesquisa e a extensão. Muitos dos alunos formados na
UEG são bem sucedidos na aprovação em mestrados em diversas universidades
federais pelo Brasil. Em suma: a UEG apresenta uma grande potencialidade para
se tornar referência no que se refere ao ensino superior tanto em Goiás quanto
no Brasil.
Entretanto, o ano de 2013 não
começa muito bem. O Ministério Publico exige a realização de concurso públicos
para funcionários administrativos e professores, uma vez que a universidade
conta com menos de 40% de quadro de profissionais efetivos.
Os problemas são muitos: a
Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas de Anápolis (UnUCET), até o momento,ainda não
conta com o restaurante universitário prometido para o final do primeiro
semestre de 2012 e ainda está, até mesmo, sem lanchonete. Já a Unidade de
Ciências Sócio Econômicas e Humanas, também localizada em Anápolis, recebeu
ordem do MP para realizar a interdição dos seus prédios e o remanejamento
imediato dos alunos para um local sem risco de desabamento, em decorrência da
idade e infraestrutura atual do imóvel. NaUnidade Universitária de Itumbiara, o
curso de Farmácia conta com estudantes que já cursaram metade da graduação sem
ter 1/3 das aulas, por falta de
laboratórios e equipamentos.
Os problemas não param por aí: podemos
colocar aqui o relatório das unidades que estão com deficit de professores, sem
biblioteca e outros problemas. Em algumas unidades universitárias, o ano começa
sem luz, sem internet. Em outras sem professores e até sem água. Em todas, sem
esperança.
Enquanto o atual Governador
Marconi Perillo “passeia” pelo estado prometendo abrir ainda mais unidades, o
circo pega fogo! Os bens de dois dos três únicos reitores que a UEG já teve – José
Izecias e Luís Arantes – foram bloqueados por corrupção e desvio de verba. Se
isso não bastasse, agora o concurso da PM e Civil, realizados pelo Núcleo de
Seleção da UEG, são cancelados por suspeitas de fraldes no gabarito das provas,
onde a diretora Eliana Nogueira é indicação do Governador.
Para aqueles que pensavam que nós
da UEG estávamos “por cima” por não constar o nome da universidade na listagem
de cursos fechados pelo MEC, se enganaram e muito... Inclusive o próprio MEC
deveria se ater mais ao caso da UEG e de outras universidades estaduais não
somente ao das Federais, exigindo junto ao governo um mínino de seriedade para com
a UEG.
Nota-se que a organização dos
pares para modificação dos quadros já começou. Os professores se mobilizaram em
busca de mínimas condições de trabalho, reajuste salarial, ampliação do Regime
de Dedicação Exclusiva (D.E.), revisão do Plano de Cargos e Salários, concurso,
etc. Observa-se a grande perdade professores
para as federais e demais estaduais, por estas oferecerem melhor estrutura de
trabalho e valorização profissional.
Em busca por melhorias, os
estudantes da UEG estão construindo assembleias nas unidades, tendo em vista
que a política voltada aos estudantes é extremamente deficitária. A falta de
assistência estudantil é tamanha que impossibilita até a presença dos
representantes dos alunos ao Conselho Superior Universitário, por não haver
suporte por parte da instituição com os mesmos.
Nós, alunos da UEG, sempre tivemos
uma atitude combativa: ocupamos rodovias federais, reitoria e as ruas de
Goiânia e Anápolis para que nossos gritos fossem ouvidos. E agora, mais do que
nunca, é precisoocupar as ruas e fazer o Governo de Goiás notar que sem
estrutura não existe universidade. Se não querem nos dar uma educação de
qualidade, não os deixaremos em paz!
E é por isso que gritamos: Quem
disse acabou? Quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!
As principais pautas o Movimento
Estudantil:
1. Política de assistência
estudantil.
Bolsa Permanência;
Casa dos Estudantes e restaurante
universitário as unidades que necessitam;
Paridade nos votos em todas a
instâncias entre professores, estudantes e funcionários;
Meia passagem intermunicipal e
passe livre municipal para os estudantes;
Ampliação e aumento do valor das bolsas PBIC
oferecidas pela UEG;
Transporte para estudantes em
eventos acadêmicos e aulas de campo;
Reativação das lanchonete nas
unidades que estão sem, com preço acessível;
Transporte para os estudantes do
M.E. fazer intercâmbio entre as unidades;
Atividades de integração entre as
unidades;
Atualização do Acervo bibliográfico;
Construção e atualização dos
Laboratórios;
Diminuição do valor das multas da
Biblioteca;
Apoio Pedagógico;
2.Aumento do financiamento
público de 2% para 5% da receita fiscal
do estado para a UEG.
3. Fim da cobrança de qualquer
mensalidade pelos cursos oferecidos pela UEG e rompimento dos contratos com as
fundações privadas que gerem as finanças desses cursos
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