sexta-feira, 27 de julho de 2012

II Etapa do Seminário sobre Concepção de Projeto Popular e Luta de Classes em Goiás

*Por Pedro Ferreira

A RECID em conjunto com o Fórum de Movimentos Populares de Goiás estará realizando no dia 11 de agosto a II Etapa do Seminário sobre Concepção de Projeto Popular e Luta de Classes em Goiás. A primeira etapa foi realizada no dia 07 de julho na Casa da Juventude e contou com a presença de cerca de 70 pessoas. Sendo que o foco principal do debate da primeira etapa se deu em torno das mudanças e contradições do Brasil recente como também a questão da luta de classes e a concepção de projeto popular. Um dos encaminhamentos da primeira etapa foi a necessidade de realização de mais um seminário para aprofundarmos a luta de classes em Goiás, sendo este portanto o foco principal nesta segunda etapa.

Dessa vez o seminário será realizado no Centro Cultural Caravideo (Rua 83, Nº 361, Setor Sul - Goiânia -GO). A atividade terá inicio a partir das 08h da manhã e ocorrerá durante todo o dia.

Reunião para discutir a metodologia do seminário

Nesta próxima terça-feira (31/07), a Rede de Educação Cidadã em conjunto com o Fórum dos Movimentos Populares de Goiás esta convocando uma reunião para fazer uma avaliação da primeira etapa realizada no dia 07 de julho como também para planejar e encaminhar a metodologia da II etapa que será realizada no dia 11 de Agosto. A reunião será realizada no Centro Cultural Caravideo ás 18h30.

*Da Secretaria da RECID-GO


Convite - Seminário discutirá a política de Reforma Agrária no governo Dilma

*Por Pedro Ferreira


O Fórum de Reforma Agrária e Justiça no Campo em Goiás, realizará nos dias 31 de julho e 01 de agosto de 2012, um seminário estadual em conjunto com a delegacia regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e com o INCRA-GO para debater as diretrizes do MDA para reforma agrária sobretudo em relação as famílias que já estão assentadas.

O seminário será realizado no salão nobre da faculdade de direito - UFG (Setor Universitário, Goiânia -GO) a partir das 08h da manhã. O seminário é aberto para participação de militantes e simpatizantes da luta pela reforma agrária. A abertura do seminário contará com uma exposição do Professor Dr. Claudio Maia da UFG, que apresentará um quadro sobre o processo de reforma agrária em Goiás.

*Da Secretaria da RECID-GO

quinta-feira, 26 de julho de 2012

”Justiça dos Ricos é a Injustiça dos Probres.”



*Por Zelito Silva

Os governantes não se cansam de promover, Novos  PQ- Oestes e Novos Pinheirinhos.   

     Justiça expede liminar de reintegração de pose datado de 20 de julho de 2012, para despejar as famílias da ocupação Pedro Nascimento, conhecido como Residencial JK, em favor da Sociedade Habitacional Norte (NHN). Localizado na Região Noroeste de Goiânia, atualmente moram na ocupação em torno de 600 famílias.

  O histórico do residencial JK, que virou ocupação, começou com um loteamento irregular com 641 lotes, com área de aproximadamente 20 Ha,  promovido pela (SHN).  Que vendeu os lotes, mas não conseguiu a regularização junto à prefeitura, para piorar vendeu um mesmo lote para mais de uma pessoa. Ai a confusão se formou, e o presidente da (SHN) incentivou as famílias a mudarem para o loteamento mesmo irregular para pressionar a prefeitura, tendo por trás políticos com interesse em votos.

     Por outro lado a prefeitura não regularizou, mas também fez vista grossa, deixou as famílias construírem casas, mas não levou infraestrutura, com isto o bairro ficou abandonado. Muitas das famílias que compraram se sentindo lesadas, e por não ver nem uma perspectiva de regularização do residencial, abandonaram os lotes.

   Com o abandono dos lotes, outras pessoas sem teto começaram a ocupar os lotes vazios, o que deu origem a  um grande acampamento, com parte construído,  e em barracos de lonas e madeiras, atualmente entre moradores que compraram e os que ocuparam tendo mais de 600 famílias com mais de 700 criações.
   A convivência entre os antigos moradores e os novos ocupantes é triangular e  já  foi mais tencionada, mas com os últimos acontecimentos as famílias perceberam que os inimigos  são outros ,e  que tem que se juntarem para luta  pela regularização do loteamento  para  as famílias  que compraram  e por um novo assentamento para as demais famílias.

  A final a prefeitura ou foi omissa o negligente no mínimo, pois deixou que a situação chegasse neste ponto, sem tomar nem uma  providencia em pro das famílias . E agora lava as mãos dizendo que tem 90 mil cadastros  e que as famílias terão  que entra na fila.  Goiânia tem um déficit em torno de 50 mil famílias sem casas, e  o governo municipal alega que construiu 10 casas nos últimos 10  anos . Porem  nestes  ritmos levará mais 50 anos para atender a demanda. Os recursos do minha casa minha vida são destinado para as empreiteiras  construírem casas para famílias com renda a cima de cinco  SM, do montante em torno de 60% é destinado para este público.

   Todo apoio às famílias, do residencial JK, a prefeitura tem que encontrar uma alternativa. Por outro lado o governo do estado não pode colocar a policia para executar a liminar de reintegração, sem antes estabelecer uma negociação. Pois se só não fosse à questão de moradia, teme o fato das pessoas terem sido lesadas pela (SHN) e os Sócios terão que ser punidos.

Não pretendemos ver no JK, um novo PQ- Oeste, tão Pouco um novo  Pinheirinho.

Zelito Silva
Direção do  Terra Livre.               

sábado, 21 de julho de 2012

É um país novo e ninguém pode negar!



Aldenora Pereira da Silva e Paulo Sergio Matoso *

Como compôs Ari Barroso, Brasil, meu Brasil brasileiro (...) / Esse Brasil lindo e trigueiro / É o meu Brasil Brasileiro (...) / Brasil, colorido e festeiro, de uma “geração de brasileiras e brasileiros, lúcidos e espiritualizados”, disse o ator Marcos Frota na abertura da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Com este sentimento de pertencimento, a abertura da conferência foi prestigiada pela Secretária Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário; pelo presidente do STF, ministro Ayres Brito; ministra Tereza Campelo, ministro Alexandre Padilha e outros.
A conferência foi realizada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), ente os dias 11 a 14 de julho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Foi organizada em cinco eixos estratégicos, sendo eles a promoção dos direitos de crianças e adolescentes; a proteção e defesa dos direitos; o protagonismo e participação de crianças e adolescentes; o controle social da efetivação dos direitos; e a gestão da Política Nacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes.
O encontro teve como objetivo “mobilizar os diversos atores do sistema de garantia de direitos e a população em geral para implementar e monitorar a Política Nacional e o Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”. Participaram mais de duas mil pessoas, sendo 800 crianças e adolescentes.
Desde a conferência anterior vem crescendo o número de jovens em todas as instâncias do encontro, desde sua preparação até a participação. Sentimos que para os jovens foi uma experiência única, ou seja, uma oportunidade de participação efetiva e, na fala de uma delegada ribeirinha, “o espaço não foi concedido, foi conquistado”.
“Estamos aqui para comprovar que o/a adolescente é protagonista da caminhada”, afirmou um dos delegados. E nas falas da juventude, ficou nítido que a participação das crianças e adolescentes é fundamental para essas conquistas.
Convidado a participar com dois delegados, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) participou do eixo “Controle Social da Efetivação dos Direitos”. Quanto à inserção do tema de segurança alimentar e nutricional nas conferências estaduais e municipais, pudemos observar em vários documentos que houve discussão sobre alimentação saudável para que as crianças cresçam mais sadias.
Dentre as propostas aprovadas pelo grupo de trabalho, se relacionam com segurança alimentar e nutricional a criação de uma agenda política entre os conselhos de direitos e setoriais, nas três esferas da federação; e realizar campanhas educativas permanentes para a população em geral sobre a importância da denúncia sobre a violação dos direitos da criança e do adolescente.
Observamos em dois objetivos estratégicos a relação com o Direito Humano a Alimentação Adequada com as políticas de segurança alimentar e nutricional. No eixo “Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes”, são objetivos “erradicar a pobreza extrema e superar as iniquidades que afetam o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes e sua família, por meio de um conjunto articulado de ações entre poder público e sociedade civil, com justiça social” e “erradicar a fome e assegurar a alimentação adequada de crianças, adolescentes gestantes e lactantes, por meio da ampliação de políticas de segurança alimentar e nutricional”.
Na mesma linha da efetivação dos direitos, a presidenta Dilma Rousseff afirmou: “Um país se mede pela importância que ele dá as suas crianças”. E finalizou: “Lugar de criança é em ambiente seguro, livre de miséria, da fome e da violência dos adultos”.
Para os mais de 800 jovens presentes na 9ª Conferência uma demanda importante é a criação de um Conselho Consultivo de Adolescentes no Conanda. O conjunto das propostas aprovadas tanto no eixo de “Controle Social da Efetivação dos Direitos” como nos outros quatro eixos podem ser acessadas nos siteswww.9cndca.sdh.gov.br e www.sedh.gov.br.
Finalizando, afirmamos que, além da troca de experiência entre conselhos, foi um momento de muita alegria e emoção participar deste processo histórico que foi a experiência da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. E para o futuro, o que nos espera é contribuir na mobilização, implementação e monitoramento da política e do plano decenal de direitos humanos de crianças e adolescentes.
Agradecemos ao Consea por acreditar e incumbir-nos de tão importante e deliciosa missão.

*Aldenora Pereira da Silva e conselheira do Consea, representando a Pastoral da Criança; Paulo Sergio Matoso é conselheiro do Consea, representando a Rede de Educação Cidadã (Recid).

«Instituto de Educação de Nova Iguaçu fechado pela polícia

Meus Amigos, 


Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online: 


«Instituto de Educação de Nova Iguaçu fechado pela polícia» 


http://www.peticaopublica.com.br/?pi=Edinez 


Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras. 


Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=Edinez e divulga-o por teus contatos. 


Obrigado.
Michel Serpa


Esta mensagem foi enviada por Michel Serpa (michel.serpa@gmail.com), através do serviço http://www.peticaopublica.com.brem relação ao abaixo-assinado http://www.peticaopublica.com.br/?pi=Edinez

"Diga me com quem andas, que eu ti direi quem és."


Cinco ministros e a porta voz do Agro 

Assessoria de Comunicação da CNA 

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, apresentou nesta terça-feira, 17 de julho o modelo da Agência de Extensão Rural com Meritocracia

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu, apresentou nesta terça-feira, 17 de julho, com as ministras Gleisy Hoffman, da Casa Civil, Tereza Campelo, do Desenvolvimento Social, e com os ministros Mendes Ribeiro, da Agricultura, e Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrária, para apresentar o modelo da Agência de Extensão Rural com Meritocracia. Representantes da Fundação Dom Cabral e da Fundação Getúlio Vargas também participaram do encontro. 


A Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural foi extinta nos anos 90. De lá para cá, poucos estados assumiram essa tarefa. Sem apoio técnico, nem financeiro, o pequeno produtor não conseguiu acompanhar as novas tecnologias que transformaram nossa agricultura numa das melhores do mundo.


“Nós queremos ajudar o pequeno agricultor a produzir e a ter renda como o médio e o grande produtor. Estamos sugerindo um programa para ajudar esse produtor a cuidar da propriedade como se ela fosse uma empresa” explicou Kátia Abreu.


Esta foi a segunda reunião da presidente da CNA na casa Civil para debater a criação da Agência Nacional de Extensão Rural, que a presidente da República quer implantar no país. “É uma prioridade para a presidente Dilma Roussef”, disse na manhã desta quarta-feira a senadora Kátia Abreu.


Imagem do Agro


Ainda na noite desta terça-feira, a senadora Kátia Abreu recebeu na CNA, a Secretária Nacional de Comunicação, Helena Chagas. A presidente da CNA quer a parceria do Governo Federal para promover a produção sustentável do Brasil no exterior.


Na semana passada, o Sistema CNA/SENAR lançou com o SEBRAE a campanha “Time Agro Brasil”, que tem o campeão Pelé como garoto propaganda.




Veja como foi o lançamento do Time Agro Brasil com o Rei Pelé:


http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/cna-sebrae-e-pele-lancam-campanha-para-consolidar-imagem-do-agronegocio-sustent#wrapper 


Ouça o Programa CNA Brasil Rural sobre Extensão Rural:


http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/programa-de-radio/25-extensao-rural

SÍRIA, UMA BATALHA GEOPOLÍTICA. O ALVO É O IRÃ.



Escaldados pelo resultado da intervenção da OTAN na Líbia, Rússia e China resolveram endurecer suas posições e dificultar as tentativas dos EUA e demais aliados ocidentais - com uma forte propaganda midiática – de repetir a mesma estratégia na Síria. Desde o mês de fevereiro várias resoluções têm sido apresentadas no Conselho de Segurança e todas rejeitadas, por não obter unanimidade entre seus membros. Rússia e China opuseram-se a todas elas, pois poderiam dar o pretexto para uma invasão à Síria, como ocorreu na Líbia.
Conselho de Segurança da ONU
Como já abordei aqui em outras oportunidades, inclusive na 5ª parte de “Crônica de um mundo em transe” (http://www.gramaticadomundo.com/2012/01/cronica-de-um-mundo-em-transe-5-parte.html), a Síria é a última pedra de dominó, cuja queda irá possibilitar um cerco ao Irã, permitindo aos aliados ocidentais atingirem o território daquele país pelo mediterrâneo. Claro, considerando que o Iraque garantiria passagem para tropas aliadas atingir fronteiras iranianas (o que não é certo). Há que se considerar também o fato que é através desse país que a Rússia consegue monitorar o Mediterrâneo, com a base militar de Tartur, ali instalada, a única da marinha que ele possui fora de seu território.
Tudo isso decorre também das dificuldades de se utilizar o estreito de Ormuz, em função também das seguidas ameaçadas do Irã em fechá-lo, bem como, mesmo que isso não ocorra, pela facilidade de os mísseis iranianos atingirem embarcações que tentarem utilizar aquela rota. Há pouco tempo esse país realizou algumas manobras militares, algumas com mísseis potentes, capazes de atingir Israel e todas as bases militares dos EUA no Oriente Médio, outras no próprio estreito. Somente este ano várias manobras militares foram feitas nessa área estratégica para qualquer conflito ali na região. O objetivo é nitidamente intimidatório, de mandar recados para EUA e Israel, com o intuito de demonstrar sua capacidade em suportar qualquer ataque por aquele istmo. Embora isso não signifique poder de fogo suficiente para conter a ferocidade do império.
Oleodutos tentam reduzir a importância
estratégica do estreito de Ormuz
As notícias de que o governo sírio estaria atacando a população, repetidas infinitas vezes, constroem a mesma verdade, seguindo a lógica goelbesiana, que alterou o perfil de Kadafi, de aliado ocidental, a “um tirano sanguinário assassino de seu próprio povo”. Assim, seu assassinato foi recebido com naturalidade, e merecimento, em função da propaganda insidiosa, insistentemente, que o transformou em um monstro cuja morte tornou-se merecida. É assim que as multidões são preparadas para a aceitação de assassinatos seletivos e agressões aos direitos humanos.
Pode-se ver em fatos escabrosos como atentados a bombas, que tem tirado a vida de centenas de pessoas. As informações são dadas como sendo atos da oposição contra o ditador, quando em outras circunstâncias seria dito como sendo atentados terroristas. Como sempre, terroristas são somente aqueles que praticam violência contra os aliados do império. Da mesma forma, informações não confirmadas, ditas cegamente porque à distância, dão falsas impressões, e muitas vezes tem como fonte informantes ligados aos grupos que se encontram em guerra aberta contra o governo, o que indica claramente uma parcialidade suspeita.
Atentado ao Ministério
da Defesa da Síria
A constatação da parcialidade e manipulação com que as notícias são dadas sobre a guerra na Síria, não implica na defesa do regime de Bachar Al Assad. Mas é um alerta sobre as novas estratégias adotadas pelos EUA, de não intervir diretamente naqueles países cujos governantes não participam de seu círculo de confiança. As ações de agentes para insuflar revoltas, a antiga estratégia de contaminar a economia desses países, a presença dos falcões – assassinos especializados do serviço de inteligência ligado diretamente ao Pentágono – e, a ciberguerra, que inclui desde a contaminação com vírus poderosíssimos, até a sofisticação dos aviões não tripulados, os drones. De forma sutil, mantém-se a velha estratégia de apoiar golpes de estados, o que já foi tentado em vários países do continente americano, dando certo em Honduras e mais recentemente no Paraguai, mas fracassado na Venezuela, na Bolívia e no Equador.
Assim, a mídia prepara a opinião pública para que o destino de Bashar al-Assad seja semelhante ao de Kadafi e ao de Sadam Hussein. Mas esconde o que está por trás da insistência, e seguramente, da ação de agentes infiltrados entre os opositores sírios, em derrubar aquele regime. Depois do objetivo alcançado, as notícias sobre tais países caem no esquecimento, e as destruições causadas por essas medidas deixam de ser manchetes. O resultado da queda da Líbia e da maneira como internamente  tem sido perseguidos antigos aliados de Kadafi, com torturas e assassinatos seletivos, denunciados pela ONG “Médicos Sem Fronteiras”, que decidiu, por isso, abandonar o país, deixou de se tornar notícia. Recentemente, uma eleição faudulenta não foi suficiente para unir o país, nem para forçar dezenas de grupos paramilitares que recusam-se a entregar suas armas e controlam partes do território, esfacelando o que antes era uma nação.
Manifestação de apoio ao governo
Seguindo a mesma estratégia, somente recentemente as informações tomaram o foco pretendido. Há alguns dias a grande mídia passou a dizer que havia uma guerra civil na Síria. Ora, esse conflito já poderia ser considerado guerra civil desde o ano passado (e assim eu afirmei eu meus artigos). A empulhação de acordos que deveriam ser aceitos entre partes não passou de “mis-em-scéne”, pura embromação, a fim de passar para as pessoas desinformadas que assistem esses noticiários de que haveria uma relutância por parte do regime sírio. Ora, o cessar-fogo era puro conto da carochinha. Os rebeldes desde o começo estão sendo armados – e com armas sofisticadas – pelos países ligados à Otan, sob o comando dos EUA. Boa parte deles composta de mercenários, que atuam desde o começo das revoltas e outros são grupos que respondem na síria pela franquia da Al-Quaeda. Além de grupos ligados à irmandade muçulmana, que na Síria adotaram um comportamento diferente do que tiveram no Egito.
Nos últimos dias, sem que se possa haver qualquer comprovação, ou exemplo de que algo já tenha acontecido relacionado ao fato, os meios de comunicação estão noticiando que o governo sírio “irá” utilizar armas químicas, e já cogitam ação de bombardeios da OTAN com o intuito de “destruir essas armas”. Descaradamente repetem a mesma estratégia utilizada para justificar a invasão do Iraque, mesmo se, depois de centenas de milhares de mortes ocasionadas com a invasão daquele país, nada tenha sido provado da existência de “armas de destruição de massas”. Agem como se as pessoas esquecessem facilmente das farsas que se escondem por trás dessas notícias.
Opositores do regime sírio
Tal qual ocorreu em relação ao Iraque, e mais recentemente no caso da Líbia, a mídia cria toda uma preparação, forjando uma opinião pública que seja favorável a uma nova invasão repassando informações, não comprovadas, que são obtidas de fontes não confiáveis, pois são opositores do regime sírio. Mas são nítidas as manipulações das informações.
Isso que reafirmo aqui nesse artigo eu já havia escrito em fevereiro, só estou atualizando. Seguramente muitas ações violentas e repressões brutais estão ocorrendo na Síria há mais de um ano, são fruto não tão somente de manifestações da população, mas da ação de grupos opositores armados no que podemos identificar como uma guerra civil ocorrendo naquele país.
Desta feita, com interesses geopolíticos em jogo, e até em função do radicalismo gerado pelas declarações da secretária de estado Hilary Clinton, por conta de suspeitas de fraude no processo eleitoral, a Rússia se recusa a aprovar resoluções que dê o pretexto para novos ataques da OTAN, como ocorreu na Líbia. E nisso é seguido pela China, demonstrando que nesse tabuleiro de xadrez já é nitidamente conhecida a posição de cada uma das peças que compõe o jogo. Os interesses são enormes, e todos estão ligados á geopolítica do Oriente Médio e tem como objetivo principal atingir o Irã. Aquilo que é manipulado na informação midiática, e pouco entendido pelo público, constitui-se na principal batalha disputada em território sírio, mas também no Conselho de Segurança.
Base russa de Tartur, no Mediterrâneo
imagem do Google
Como a demonstrar as dificuldades que a Rússia criará para impedir a mesma estratégia utilizada na Líbia, dois de seus navios, liderados pelo Porta-aviõesAlmirante Kuznetsov, aportaram em sua base militar no Mediterrâneo, em território Sírio, desde o dia 9 de janeiro deste ano. Essa é a única base que os russos possuem e que lhes dão certo poder de manobra no mar Mediterrâneo e facilita contatos com países do Oriente Médio.
Se de um lado torna-se difícil emplacar qualquer nova Conselho de Segurança que possa abrir caminho para ataques da OTAN, por outro cresce a impaciência de Israel, que passa a ver dificuldades para um possível ataque ocidental ao Irã. Caso não se dê rapidamente a queda do governo Sírio, impossibilitando um cerco seguro ao Irã, a tendência é que Israel resolva atacar o país persa, acreditando que o tempo beneficia os iranianos, dando-lhes condições de aperfeiçoar sua capacidade de lidar com a energia nuclear. O receio de que o país dos Aiatollahs construa artefatos atômicos, já que possui mísseis com capacidade de deslocá-los a centenas de quilômetros, tem muito mais a ver com a hegemonia geopolítica naquela região do que por um possível ato tresloucado de seus dirigentes.
Enfim, é isso que está em jogo. E é absolutamente abominável, embora compreensível, já que as grandes corporações da mídia têm também interesses por trás desse conflito, a forma como as notícias são passadas, repetitivas ad nausean, tentando formar no meio da opinião pública internacional, as justificativas que tornariam aceitáveis mais um ato de agressão militar, que não tem nada a ver com preocupações humanitárias.
Mas é provável que o fim do governo sírio seja o mesmo dos demais países do Oriente Médio que não sobreviveram às revoltas populares e as ações de agentes infiltrados em grupos opositores. Recentemente, em um debate do qual participei, considerei equivocado o título dado a ele: “Porque o governo da Síria não cai?”. Achei que seria melhor utilizar, “Porque o governo da Síria demora a cair?”. Isso porque considero que está em jogo um poder estratégico imprescindível para os interesses do império e dos seus aliados. A Síria, sob o governo de Bashar al-Assad é um empecilho a esses objetivos, por suas relações com o Irã e pelo apoio que sempre deu aos palestinos e aos grupos Hamas e Hebollah. Ademais, talvez seja o regime sírio, a despeito de todas as críticas, o que melhor garante uma certa liberdade às minorias étnicas e religiosas dentre todos os demais da região. E essa constatação não impede de reconhecermos um caráter ditatorial nesse regime, algo não muito diferente de todos os outros países do Oriente Médio.
Oriente Médio, uma região
em permanente disputa
É possível, sim, que o regime de Al-Assad não resista. E isso não se deve somente a uma possível organicidade da oposição, ou de uma rejeição popular ao governo. Mas porque todos os esforços das potências ocidentais têm sido para fortalecer esses opositores. A estratégia dos EUA para essa região, desde que começaram as revoltas árabes, tem sido de se postar ao lado dos revoltosos e municiá-los de armamentos suficientes para derrubar qualquer governo. Muito embora os regimes anteriores fossem seus aliados. Além das ações de agentes espiões com a posterior entrada em ação de aviões não tripulados, seja para ações militares (como assassinatos seletivos) ou para obter informações sigilosas, com aparelhos que não podem ser facilmente detectados por radares. A não ser os mais sofisticados.
Mas, caso se concretize a tomada da Síria pelos rebeldes, com o apoio da OTAN a serviço do império, somente aumentará mais ainda a instabilidade na região, somando-se mais um estado caótico, como decorrência das intervenções que se tornaram hábito neste século. Iraque, Afeganistão, Líbia, Egito, Iêmen, e agora a Síria, deixam de ter governos títeres, mantendo à força regimes de poucas liberdades políticas, e passam a conviver com instabilidades decorrentes de governos fracos que mal conseguem desarmar insurgentes que atuam dominando territórios nas fronteiras desses países.
As condições para uma nova guerra, de proporções incalculáveis seguem sendo criadas. Embora seja difícil prever se isso de fato acontecerá, não resta dúvida que as jogadas políticas caminham nessa direção, e deixam claro que esse é o objetivo das grandes potências ocidentais. A Síria não é o alvo final. Assim como a Líbia foi invadida para se dominar o petróleo daquele país, possibilitando o embargo do petróleo iraniano, a queda do regime sírio tem como objetivo conter o fortalecimento do Irã, cuja capacidade de produzir armas nucleares o tornaria praticamente inatingível no Oriente Médio e o transformaria numa potência regional com condições de controlar a região detentora das maiores reservas de petróleo do mundo.
Disso tudo podemos dizer que as informações repassadas pela grande mídia, não passam de grandes mentiras, versões falsas disparadas a esmo para todo o mundo com o intuito de justificar ataques seletivos e o contrabando milionário de armamentos para grupos rebeldes. Como sempre, a guerra se constitui em um grande negócio, mais ainda nesse momento de profunda crise econômica, com economias estagnadas e desempregos crescentes. O dinheiro sujo, seja de narcotráficos, prostituição e, principalmente, da guerra, tornam-se o meio mais fácil para abastecer mercados falidos pela corrupção na política e nas grandes corporações.
Interesses geopolíticos em jogo -
insightgeopolitico.com
A ânsia desses países em aprovar resoluções que facilite um ataque a Síria não tem nada a ver com defesa de população ou de direitos humanos, a história está aí a comprovar isso. Somente interessa os objetivos estratégicos visando o controle de uma das regiões com maior reserva da matriz energética mais importante do mundo. É o dinheiro, o grande poder e a política que comandam as ações. Então, quem quiser se informar sobre o que acontece nesses conflitos, deve fugir do convencional, desligue-se da informação manipuladora e mentirosa da grande mídia. Em grande parte, essas informações bombásticas sobre tais conflitos tem também o objetivo de desviar as atenções da enorme crise que afeta o capitalismo e que tem levado à falência as economias das maiores potências capitalistas. Uma guerra sempre é motivo para tentar salvar economias falidas. As corporações agem como abutres nas carniças, disputando politicamente a reconstrução de países devastados pelos bombardeios. 

Ministério Público de Goiás entra com ação contra curso de Direito para assentados da reforma agrária



Ministério Público Federal (MPF) pede a extinção da primeira turma do curso de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) para assentados da reforma agrária, que acaba de se formar. Alguns dele já passaram no exame da OAB. O processo será julgado no próximo dia 27 de julho, no TRF. Veja como manifestar solidariedade e tentar impedir mais um golpe contra o povo do campo: Nem só de defesa da cidadania, como diz a Constituição, vive o Ministério Público Federal. Muitas vezes, como agora, ele é o principal agente de ataques brutais contra ela.
A crueldade da vez: o MPF de Goiás entrou com uma ação pedindo a extinção da primeira turma do curso de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) para filhos e filhas de assentados da reforma agrária e da agricultura familiar, que acaba de se formar. Alguns deles, inclusive, já até passaram no exame da OAB. Na prática, a ação objetiva evitar que a turma cole grau no curso que desde 2009 luta para não ser fechado pela Justiça.
A justificativa é a velha e mal fundamentada ideia de que uma turma exclusiva para assentados fere os princípios constitucionais da igualdade, da legalidade e da isonomia. Sem grandes delongas a respeito da já exaurida discussão a respeito das cotas em universidades, em defesa dos estudantes pesa o fato de que essa turma especial não reserva nem tira vagas na universidade. Pelo contrário, as amplia. Não há como falar em igualdade como se todos tivessem as mesmas condições de acessarem direitos. Em tempos de clamor popular pela ampliação e melhoria da educação brasileira, é tragicômica a ação elitista e conservadora do MPF/GO na tentativa de restringir, ao invés de lutar pela ampliação desse direito.
A UFG e o Incra, parceiros na iniciativa, recorreram, e agora a briga segue na Justiça. O processo está na pauta do dia 27, próximo, sexta-feira, no Tribunal Regional Federal. Uma carta de solidariedade (reproduzida abaixo) está circulando pela rede para tentar conscientizar os desembargadores a respeito da decisão mais justa. Ajude-nos a propagá-la e evitar mais esse ataque aos direitos de quem mais precisa. Uma pequena vitória pode garantir um grande avanço na luta pela garantia de uma sociedade mais justa. Para ajudar, envie a carta para os emails: oreira.alves@trf1.jus.br;   jirair.meguerian@trf1.jus.br;  ami lcar.machado@trf1.jus.br; marcelo.dolzany@trf1.jus.br 

Carta de Solidariedade
Excelentíssimos Senhores Desembargadores

Carlos Eduardo Moreira Alves
José Amilcar de Queiroz Machado
Jirair Aram Meguirian
Marcelo Dolzany da Costa

Julgadores do recurso de apelação nº 0013916-34.2008.4.01.3500.

Reportamos ao recurso de Apelação em epígrafe, apresentado pela Universidade Federal de Goiás – UFG e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, que busca garantir o acesso à educação de nível superior, graduação em Direito, a filhos e filhas de assentados da reforma agrária e da agricultura familiar.
O direito à educação, reflexo constitucional do direito à dignidade da pessoa humana, não pode ser ultrajado como quer, infelizmente, o representante do Ministério Público Federal.
A ação proposta pelo MPF/GO afronta o Estado de Direito Democrático e deixou a todos estarrecidos, pois, em um País com uma dívida histórica de educação no campo, são benfazejas políticas públicas que visem amenizar injustiças sociais. O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA, instituído pelo Decreto de nº 7.352/2010, é política pública permanente que integra o programa de educação do campo do Ministério da Educação.
A experiência de criação da Turma Evandro Lins e Silva, na Universidade Federal de Goiás, é o exemplo de uma política pública bem articulada. Todos os 55 estudantes tiveram que se submeter ao vestibular, passaram por todas as etapas de formação que exige um curso de direito e, como resultado positivo do projeto, todos conseguiram se tornar bacharéis e muitos, inclusive, já foram aprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF 186, rechaçou veementemente a tese de que as políticas de cotas ferem a Constituição da República, ao negar pedido semelhante ao do processo que ora nos motiva a escrever para Vossa Excelência.
Assim, contando com a sensibilidade e serenidade de V. Exa., abaixo assinamos a presente Carta de Solidariedade, na esperança de um julgamento justo, que venha reafirmar e garantir o direito dos já bacharéis em direito da Turma de Direito Evandro Lins e Silva, filhos e filhas de trabalhadores rurais brasileiros, formados pela Universidade Federal de Goiás.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

11ª JORNADA EM DEFESA DA AGROECOLOGIA - ASSISTAM AO VIDEO

Nota de repúdio à portaria do Governo Federal que manipula decisão do STF

O Conselho Indigenista Missionário, Cimi, vem a público manifestar indignação frente à publicação, neste dia 17 de julho, da portaria 303, no Diário Oficial da União.

O Governo Federal, fazendo uso da Advocacia Geral da União, manipula, escandalosamente, a decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada no âmbito da Petição 3388, que diz respeito exclusivamente ao caso da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima, não possuindo, portanto, efeito vinculante. Nesse sentido, já há três decisões liminares de Ministros do STF que manifestam esse entendimento. Além do mais, o caso ainda não transitou em julgado. Com a presente portaria, o Governo desvirtua a decisão da Suprema Corte generalizando e retroagindo a aplicabilidade das chamadas “condicionantes” emanadas no julgamento do caso citado.

O absurdo é tamanho que o Executivo chega ao ponto de determinar que sejam “revistos” os procedimentos em curso que estejam em desacordo com a portaria, bem como, que sejam “revistos e adequados” até mesmo os procedimentos já “finalizados”. Em momento algum os Ministros do STF deram qualquer indicação de que as “condicionantes” teriam essa extensão. Esse dispositivo previsto no artigo 3 da referida portaria, constitui-se um ato inconseqüente e de extrema irresponsabilidade na medida em que propõe a revisão das demarcações de terras já concluídas, o que geraria uma instabilidade jurídica e política sem precedentes. Na prática, isso significaria a conflagração generalizada de conflitos fundiários envolvendo a posse das terras indígenas, inclusive a reabertura daqueles anteriormente solucionados com o ato demarcatório.

A real intencionalidade do Governo brasileiro ao editar a presente portaria não é outra senão a de tentar estancar de vez os procedimentos de reconhecimento de demarcação de terras indígenas no país. Usando uma decisão do STF como subterfúgio, o Governo Federal, mais uma vez, “dobra os joelhos” e, rezando a cartilha do capital ditada pelo agronegócio, tenta pôr uma “pá de cal” sobre o artigo 231 da Carta Magna de nosso país.

A presente portaria é uma excrescência jurídica e dessa forma deverá ser tratada. Constitui-se, no máximo, numa peça política mal formulada. Trata-se de mais um ato de profundo desrespeito e afronta aos povos indígenas e seus direitos constitucionalmente garantidos.

Cimi tem plena convicção de que os Ministros do STF não permitirão que suas decisões sejam usadas para atacar os preceitos constitucionais vigentes.

Cimi, junto com os povos indígenas do Brasil, fará uso de todos os meios jurídicos possíveis para demonstrar a ilegitimidade e a ilegalidade desta portaria.

Brasília (DF), 17 de julho de 2012

Conselho Indigenista Missionário

Acampamento em Goiás conquista imissão de posse de área

Da Página do MST 
 
As 113 famílias do acampamento Egídio Brunetto, localizado entre os municípios de Vila Boa e Flores do Goiás, comemoraram a imissão de posse da fazenda Cabeçudo e São Roque, de 2780 hectares. 

O documento, expedido no dia 21 de junho, foi entregue às famílias neste último sábado (14/7), após ato político seguido de grande festa com a presença de outros acampamentos e assentados do MST DF e Entorno. 
 
“Estamos celebrando a derrota de mais um latifúndio e a vitória das famílias trabalhadoras rurais. O MST DF e Entorno comemora essa grande conquista”, disse Lucimar Nascimento, da direção nacional do MST. 
 
A ocupação da área que originou o acampamento Egídio Brunetto foi realizada em março de 2011. O lugar não possuía água e nem energia elétrica e chegou a abrigar apenas sete famílias. “Foi com luta e resistência que chegamos até aqui com esta vitória”, disse José Custódio da Silva, um dos acampados.
 
Segundo Custódio, as famílias se organizarão para a montagem do Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA) que será instituído. “A luta vai ser mais trabalhosa. Vamos arregaçar as mangas e ajudar uns aos outros. Vamos nos organizar e trabalhar em nosso beneficio e em beneficio do MST. Nós queremos lutar pelos nossos outros companheiros que continuam acampados”, completou

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Luta por moradia - Fotos do Acampamento Pedro Nascimento em Goiânia

Neste final de semana aconteceu o ato de batismo do acampamento Pedro Nascimento na região noroeste de Goiãnia, onde cerca de 500 familias sem teto estão na luta por moradia! Abaixo veja o link do album de fotos tirado na atividade - http://www.facebook.com/solidariedadejk

Comunicação RECID-GO.

No dia mundial do Rock Juventude Goiana marcha pelo Centro da capital pelo Fora Marconi

“Ser roqueiro e não ser revolucionário é uma contradição genética.”

Á minha sobrinha Nathany

*Por Pedro Ferreira

No ultimo dia 13 de Julho (Dia mundial do Rock), a juventude Goiana tomou as ruas do Centro da capital para protestar pelo Fora Marconi pela sexta vez neste ano. Dês do desencadeamento por parte da policia federal da operação denominada Monte Carlo que a população goiana tem acompanhado com perplexidade as relações do governo de Goiás com o crime organizado no nosso estado.

 Indignada com o cenário de corrupção no governo de Goiás, como também com as políticas neoliberais de Marconi Perillo (PSDB) a juventude tem se mobilizado e lutado pela saída do atual governador como também de todos os políticos envolvidos em corrupção. Na mobilização a juventude aproveitou para denunciar o aumento da política de extermínio no nosso estado, recentemente foi assassinado um jornalista esportivo e um advogado, sendo que a fortes indícios de que estes crimes tenham sido cometidos por grupos de extermínio dentro da policia militar.

Ao som da banda australiana AC/DC e das brasileiras Charlie Brown Jr e Legião Urbana saímos em marcha de frente ao coreto na Praça Cívica passando em frente à Sede administrativa do Governo do Estado onde paramos por alguns minutos gritando palavras de ordem e em seguida descemos para Avenida Goiás onde paralisamos o transito por cerca de 25 minutos  no cruzamento com a avenida Anhangüera (Praça do bandeirante), veja o vídeo abaixo.


Na semana em que o movimento teve uma importante vitoria com a queda de um dos principais braços políticos da organização criminosa no estado – O Ex Senador Demóstenes Torres que teve o seu mandato cassado. Mais que volta agora para atuar no ministério público do estado. Nesse sentido a luta deve continuar também para que Demóstenes Torres seja expulso do ministério público assim também como pelo Fora Marconi e todos os corruptos!

Grande parte dos roqueiros goianos comemoraram o dia mundial do rock na rua, protestando contra a corrupção, contra a falta de políticas públicas por parte do estado que atenda a população como também por uma sociedade justa e libertaria. Mostrando o verdadeiro espírito do Rock (Revolucionário/Subversivo). Por tanto saudamos aos roqueiros que provaram que “ser roqueiro e não ser revolucionário é uma contradição genética.”



Pedro Ferreira – Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista.

Convite para Reunião Ampliada da RECID DF e Entorno

Queridas/os Compas,
Convidamos você a participar da REUNIÃO AMPLIADA DA RECID/DFE, essa será nossa primeira reunião ampliada após o planejamento realizado e maio, ou seja, temos muito que partilhar.
Pedimos que confirme sua presença por e-mail ou no telefone da rede: 3458-1195.

Data: 21 de julho (próximo sábado)
Horário: das 9hs às 17hs.
Local: SINPAF - SDS, Bloco A, n° 44, Sobrelojas 11/15 – Ed. Boulevard Center – CONIC.

Participe! Sua presença é muito importante.

Forte abraço

Rede de Educação Cidadã Distrito Federal e Entorno.

Marcha das Vadias Goiânia

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Luta e resistência na Ocupação ‘Pedro Nascimento’ na região noroeste de Goiânia


*Por Pedro Ferreira

A mais de 30 dias cerca de 500 famílias estão ocupando uma área no residencial JK, região noroeste de Goiânia (Saída para Goianira). A área encontra se em situação irregular, o proprietário da área é o empresário do ramo imobiliário Divino Donizete da Silva que fez e comercializa de forma irregular o terreno conforme declaração do secretario de planejamento e urbanismo de Goiânia Lívio Luciano.

 Nesse sentido as famílias da ocupação reivindicam que a área seja desapropriada e destinada para construção de moradias popular. Pois além de não esta cumprindo a sua função social a mesma encontra se em situação irregular. Por tanto como mostra o artigo 182 da Constituição federal de 1988 é possível a desapropriação da área se a mesma não estiver cumprindo a sua função social.

Artigo. 182 (Constituição Federal de 1988)

§ 2.º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor.”
“§ 4.º É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de
até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenização e os juros legais.”

No entanto ao analisarmos as declarações do secretario municipal de planejamento Lívio Luciano em nota de que a retirada das famílias que ocupam a área é de responsabilidade do proprietário, ou seja, caso queira retirá-las, deverá acionar a Justiça. “Não cabe a Prefeitura desocupar áreas particulares” ressalta. Isto é, lavamos nossas mãos, o problema não é nosso.

Pedro Nascimento – Presente!

Na ultima assembléia realizada na ocupação as famílias deliberaram em denominar a ocupação com o nome do companheiro Pedro Nascimento assassinado na ação de desocupação do Parque Oeste Industrial. A ocupação tem crescido e se fortalecido diariamente. Foi criado um comitê de solidariedade a ocupação que tem se reunido todas ás terças-feiras na faculdade de educação – UFG, ás 19h00.

Episódios recentes e ainda muito vivos em nossa memória tal como a desocupação do Parque Oeste Industrial em Goiânia e do Pinheirinho em São José dos Campos nos mostra que o estado brasileiro em geral tem resolvido casos de política como caso de policia. Nesse sentido é de fundamental importância toda ação de solidariedade das organizações da classe trabalhadora em Goiás em todo o Brasil no sentido de fortalecer essa ocupação, assim como blindarmos qualquer ação de criminalização e de violência contra as famílias que estão legitimamente lutando pelos seus direitos.

*Pedro Ferreira – Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista

*Fonte:

- Ocupação irregular de área em Goiânia pode virar “novo Parque ...

-  Goiânia: Famílias ocupam terreno e resistem | A Nova Democracia

- Goiânia: ocupação e resistência no residencial JK