sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Companheiros do MST presos em Acreúna - Goiás sob acusação de crime ambiental conseguem liberdade
Por Arilene, Josivaldo e Pedro Ferreira
Nesta sexta-feira (04/11), um grupo de militantes e simpatizantes da reforma agrária, entre eles algumas autoridades como os deputados Mauro Rubem e Izaura Lemos, a ouvidoria agrária do INCRA, agentes da CPT, militantes do MST e Educadores da RECID-GO. Estiveram em Acreúna para pressionar as autoridades locais pela libertação dos sete companheiros do MST presos injustamente acusados de crime ambiental.
Após uma manhã peregrinando por varios orgãos como delegacia de policia, fórum de justiça para diálogar com o delegado, com o promotor que acatou a denuncia e com o juiz da comarca na tentativa de procurar mostrar a injustiça que a justiça de Acreúna estava comentendo, fomos até onde os companheiros estavam presos para lhe darmos apoio moral e mostrar que não estavam sozinho, ao contrario além da caravana que ali estava presente, organizações dos trabalhadores e militantes de todo o Brasil estavam mandando mensagem de apoio e repudiando a ação da justiça.
Em seguida a visita aos companheiros presos fomos até o fórum solicitar uma audiência com o juiz, que segundo informações tinha ido para Goiânia, neste momento não tinhamos muito esperança de que os companheiros seriam solto facilmente sobretudo devido ao jogo de empurra da outras autoridades que visitamos, todos diziam não fomos nós, estavamos apenas cumprindo ordem. Mais concerteza não esperavam a força do movimento sem terra, ao chegar no fórum fomos recebidos com uma otima noticia de que o juiz (novo na região) tinha acabado de dar senteça favoravel ao pedido de liberdade encaminhado pelo advogado dos trabalhadores sem terra presos.
Após o almoço com a senteça na mão acompanhamos o oficial de justiça até o presidio municipal onde pudemos comemorar a libertação dos sete companheiros. Infelizmente o processo continua e os companheiros terão que continuar respondendo pelo tal crime, além de terem uma serie de limitações como não poder sair da cidade e nem se envolver em confusão. De certo modo a burguesia local conseguiu o seu objetivo de criminalizar as lideranças do movimento na região limitando suas ações.
Por outro lado a área revindicada já esta sendo negociada entre o INCRA e o Banco do Brasil para destinar a mesma para o processo de reforma agrária, neste sentido será mais um assentamento bem no coração da região simbolo do agronegocio em Goiás, por tanto terão que os ingolir. E pela fisionomia e força demostrada pelos companheiros presos podemos dizer que a luta contra o latifundio na região continuará.
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