quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Atividade de Formação com Juventude Camponesa de Campos Belos
* Por Pedro Ferreira
Nesta terça-feira (01/11) a Pastoral da Juventude Rural (PJR) e a Rede de Educação cidadã de Goiás (RECID-GO), realizaram uma oficina de formação com 60 jovens camponeses na Escola Barreirão, zona rural do municipio de Campos Belos. Com o objetivo de discutir a necessidade de organização e formação da juventude camponesa na região.
Os jovens camponeses na região encontram muitas dificuldades e limites, pois o governo municipal pouco tem colaborado no sentido de executar políticas públicas que atendam as necessidade da comunidade em geral, sobretudo a do meio rural. Mesmo com a escola no povoado, a mesma falta estrutura e só atende as primeiras séries. Assim os estudantes são obrigados a enfrentar um transporte escolar précario para irem estudar na zona urbana. Também falta política de saúde e de segurança, de assistência social, sobretudo voltado para juventude.
Foi abordado no encontro a necessidade de superarmos o sistema capitalista que nos impõe uma relação com os seres humanos pautado no ter e não no ser, a necessidade de superarmos o sistema patriarcal muito forte na zona rural, além da necessidade de superação da homofobia e da intolerância racial, sobretudo em uma região com forte presença de comunidades Kilombolas.
Esta também presente na zona rural a criminalização da juventude, a exploração sexual e a opressão dentro da própria familía. Um dos temas de maiores interesses dos jovens foi sobre sexualidade, o qual será feita uma oficina especifica futuramente sobre o tema.
Em grupos os jovens puderam refletir sobre algumas questões como: O que entendemos como protagonismo? Como construir relações de vida para o bem comum? O que nos desafia a tecer/construir novas relações de vida para superarmos a prostituição, a violência, o consumismo, o machismo e o preconceito? Que tipo de relação como jovem quero estabelecer na minha comunidade? Quais políticas públicas querem a juventude dessa comunidade?
Após o trabalho os jovens apresentaram na plénaria o resultado do trabalho em grupo e em seguida os facilitadores fizeram o fechamento colocando a importância da discussão sobre todos os temas e se colocando a disposição para voltar outras vezes para aprofundar outros temas.
Em fim foi feito uma breve avaliação da oficina, todos fizeram uma avaliação positiva, tanto da assessoria como dos temas abordados, no entanto ressaltaram a questão do tempo e a necessidade de se voltar mais vezes para tratar de outros temas.
Por fim deixamos uma mensagem final sobre a necessidade da organização e formação da juventude, para tanto trouxemos o papel protagonista da juventude ao longo da história nos processos revolucionarios, resgatamos os mais recentes, como na primavera árabe. Falamos da necessidade da juventude ser rebelde (não tal qual a novela). Quando dizemos que o jovem tem que ser rebelde, a rebeldia que estamos falando não é contra a familía mais sim contra esse sistema que nos oprime, que sejam rebelde não com o professor mais sim com o sistema educacional vigente, ser rebelde contra a saúe précaria, a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.
Falamos tal como o "Che" para que não procurassem agradar ninguém, façam o que lhe pareça necessário, e assim em um dado momento, serão dirigentes dessa país, mais que não se tornem tal qual a essa corja corrupta que esta hoje no poder. Para tanto a organização, a formação e a luta de classes se faz necessária cotidianamente.
* Pedro Ferreira (Educador Popular da RECID-GO, Estudante de Serviço Social -EAD, Bloco de Resistência Socialista)
FOTOS DA ATIVIDADE
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