segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Omissão e Impunidade do Estado Aumenta a Homofobia em Goiás

A falta de políticas públicas concretas e reais do Estado fortalece a discriminação, o preconceito e a homofobia. De dezembro de 2011 a setembro de 2012, mais de 20 - LGBTTs foram agredidos, discriminados e barbaramente assassinados no Estado de Goiás. Isto com a conivência do Estado de Omissão e Impunidade do poder publico Goiano e Goianiense. A homofobia institucional no poder público goiano, casado com a posição afirmativa da heteronormatividade produz no Judiciário o não andamento nos raros processos de assassinatos dos LGBTTs que la chegaram. No Legislativo a não saida do ostracismo da ideologia: Branca, Hetero, Machista, Rica e Cristã, que jamais colocou em discussão algum projeto de lei de defesa das e dos cidadãos e cidadãs LGBTTs e nunca se posicionaram contra os vários casos de violação dos direitos humanos aos LGBTTs e dos mais de 17 assassinadas brutal das travestis e das mais 08 gueis agredidos em nossa Capital do Estado de Goiás. No Executivo a situação é absurda em pleno 2012 e depois da realização de duas Conferencias Estaduais LGBTTs sequer temos políticas públicas concretas e reais de enfrentamento da homofobia. Os nossos gargalos estão nas secretarias: Segurança Pública, Cidadania e Trabalho e Educação espaços essenciais a construção da cidadania de homens e mulheres LGBTTs Goianos e Goianienses. E para elucidar dos casos de assassinatos e agressões aos LGBTTs o que temos é a omissão, a impunidade e a permissividade da homofobia 


Quando uma criança negra, na escola ou na rua sofre um ato de racismo. Como: Negrinho sujo, macaco, ladrão ou piolhento e etc... Ao chegar em casa, pode falar, reclamar, chorar junto com seus pais, pois eles o confortará, defenderá e os afagará. 



Quando uma criança deficiente na escola ou na rua sofre um ato de discriminação. Como: Alejadinho, ceguinho, doidinho etc... Ao chegar em casa, pode falar, reclamar, chorar junto com seus pais, pois eles o confortará, defenderá e os afagará. 



Quando uma criança pobre, na escola ou na rua sofre um ato de preconceito. Como: sujo, ladrão e etc... Ao chegar em casa, pode falar, reclamar, chorar junto com seus pais, pois eles o confortará, defenderá e os afagará. 



Quando uma criança menina, na escola ou na rua sofrer um ato de machismo. Como: mulherzina, fraca, objeto e etc... Ao chegar em casa, pode falar, reclamar, chorar junto com seus pais, pois eles o confortará, defenderá e a afagará.



Quando uma criança LGBTT, na escola ou na rua sofre um ato de homofobia. Como: Viadinho, Bichinha, Mulherzinha e etc... Ao chegar em casa, ela não pode se quer falar, reclamar, e jamais chorar junto com seus pais, pois os mesmos os castigará, agredirá e muitas vezes privá-los de liberdade e até expulsar de casa. Pois, nos sabemos que em casa o primeiro lugar onde somos negados, tripudiados e discriminados.



No dia 7 de outubro, temos as eleições municipais para o poder executivo: prefeitos e para o poder legislativo: vereadores. Que diga se de passagem está os dois poderes omissos e de braços cruzados. Deixando o homofobicos à vontade: Discriminando, Agredindo, e até Mandando LGBTTs. Daí não poderemos deixar de observar e procurar votar em candidat@s que não sejam homofobicos e que estejam defendendo: Uma cidade que respeite a diversidade sexual, a liberdade de expressão sexual a dignidade humana e o enfrentamento a homofobia. 



Precisamos pressionar e cobrar da Presidenta Dilma, dos Senadores Goianos, d@s Deputad@s Federais por Goiás no Congresso Nacional a colocarem em apreciação e aprovarem Leis: Que criminalize a homofobia, equiparando aos crimes de racismo. Não permitindo que as Igrejas e Lideranças religiosas venham a usarem a instuitucionalidade dos poderes para tripudiar, discriminar, excitar a violência, agressões, ou seja, aumentar os atos de homofobia. E como mostra os dados do Grupo Gay da Bahia - GGB, que afirma em dizer “O Brasil é o campeão mundial de assassinato de LGBTTs e na região Centro Oeste o Estado de Goiás é o primeiro em crimes homofobias. Precisamos fazer valer o nosso poder de pressão, tirar da inanição, do ostracismo e o conservadorismo do poder Legislativo Federal a dar o exemplo do Poder Judiciário que em 05 de abril de 2011, vem dar uma lição de civilidade e modernismo: Aprovando a União Homoafetiva de casais do mesmo sexo, reconhecendo direitos anos negados pelo Estado Brasileiro a milhares de LGBTTs.



E parafraseando o grande líder Sul Africano: Nelson Mandela: Ninguém nasce odiando ou discriminando o outro aprende. E se consegui apreender a odiar e a discriminar podem ser ensinado a amor, respeitar e a valorizar cada uma como ser humano em dignidade e direito.



Marco Aurélio de Oliveira
Presidente do Ipê Rosa – LGBTs
Coordenador de Formação e Projetos do Oxumaré
Coordenador Nacional do MNDH
Conselheiro Estadual de Juventude e LGBTT

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