Nesta terça (4/12), as famílias do acampamento 22 de agosto ocuparam uma área localizada na DF-473 pertencente à Terracap, órgão responsável pelos registros imobiliários do Distrito Federal. O local servia ao plantio de eucalipto, mas se encontra abandonado e improdutivo.
“Saímos da fazenda Gama, conforme o acordo estabelecido com a Ouvidoria Agrária Nacional ontem, segunda-feira. No entanto, o Governo do Distrito Federal (GDF) não nos apresentou nenhuma alternativa. O governo não compareceu nem à reunião com o ouvidor agrário”, explica Edmar Tavares, integrante do MST-DF e Entorno.
Edmar ainda denuncia a ação do GDF na fazenda Gama. “Eles estão destruindo os nossos barracos. Um assentamento próximo ofereceu ajuda para guardar o pouco que temos, mas é preciso que o governo pare de passar com tratores em cima dos pertences das famílias”, disse.
O acampamento 22 de agosto foi inicialmente formado na fazenda Gama, apontada pelas investigações da Operação Monte Carlo como pertencente ao grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira. No entanto, a Terracap afirma que a área é pública, mas não quer direcionar a fazenda para a reforma agrária, mas sim para um projeto habitacional urbano que ainda está com pendências ambientais.
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