MANIFESTO DOS
MOVIMENTOS POPULARES DE GOIÁS PELO FORA MARCONI
PORQUE GRITAMOS
FORA MARCONI!
FORA
MARCONI, POR AGENCIAR A CORRUPÇÃO EM GOIÁS!
“Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós”. afirmou Carlos Cachoeira, o contraventor
preso acusado de comandar uma quadrilha que se especializou em roubar o
dinheiro público de várias formas.
A campanha de Marconi ficou
em vinte e sete milhões (Dados do TRE-GO). Quantos milhões vieram da quadrilha
do Carlos Cachoeira? É difícil saber, pois criaram formas de as doações
parecerem legais. O dinheiro doado por Carlos Cachoeira para a campanha de
Marconi veio de suas atividades ilegais, provavelmente do que já havia roubado
do dinheiro público. Mas Marconi não foi eleito pelos votos daqueles que
votaram nele?
Em uma eleição, quem
tem mais dinheiro pode fazer uma campanha com muita publicidade e pode agradar
os eleitores de muitas formas. A campanha é um momento de variados negócios. E
o eleitor acaba sendo enganado e votando em quem faz mais promessas ou em que
lhe presta algum favor.
De onde vieram os
milhões roubados? De nossos impostos, do nosso bolso. É dinheiro que seria
usado para a população ter acesso a todos os serviços de saúde do SUS, a boas
escolas com profissionais da educação valorizados, a bom serviço de saneamento,
a boas praças de esportes, a bons locais para cinema, teatro, dança e música
espalhados pela periferia de Goiás, a boas bibliotecas, a bom transporte
público.
Mas esse dinheiro foi parar
nas mãos de uma quadrilha que conseguiu nomear pessoas para vários cargos no
governo Marconi e que tinha seus negócios ilegais e seus roubos protegidos por
Demóstenes Torres e por dezenas de pessoas da confiança do governador,
inclusive sua chefe de gabinete, os secretários de segurança pública e do DETRAN.
A quadrilha também
tinha uma forte influência nos meios de comunicação nos níveis estadual e
federal como a revista Veja e empresas goianas usadas para atacar os inimigos
da quadrilha. O contraventor usava contatos na revista Veja para plantar
noticias contra adversários políticos.
Ora, um governador que
é governado por um chefe de quadrilha atualmente preso não pode continuar no
governo. No entanto, não é só pelo caso evidente de corrupção vindo à tona
agora, mas – sobretudo - pela política que o governo do PSDB tem desenvolvido
no estado de Goiás, de criminalização da pobreza, de criminalização dos
movimentos sociais sucateamento e
privatização dos bens públicos.
FORA MARCONI, POR PRIVATIZAR OS BENS PÚBLICOS!
Marconi
Perillo tem posto em prática um intenso processo de entrega do bem público à
iniciativa privada por meio de terceirizações (privatização) e de parcerias
público privadas (PPP), com a justificativa de que irá melhorar o atendimento da
população, mas, na verdade, é uma forma de privilegiar a rede privada na lógica
do lucro em detrimento da qualidade dos serviços e dos servidores.
O
governo começou sua entrega dos bens públicos pela saúde. Vários hospitais já
estão sendo geridos por OS´s (Organizações Sociais). Mas ele não pensa em parar
por aí: já estão na lista varias empresas e órgãos públicos, principalmente da
área da cultura, que serão terceirizados. retirando do Estado a responsabilidade por efetivar
serviços públicos de qualidade a população.
FORA MARCONI POR CRIMINALIZAR A POBREZA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS!
Pela
existência de grupos de extermínio na Polícia Militar de Goiás: a operação
Sexto Mandamento revela as violações de Direitos Humanos dentro do próprio
Estado e, sobretudo, pelo extermínio de jovens nas periferias das grandes
cidades.
Criminalização
dos movimentos sociais e da pobreza: quem mais sofre com a criminalização são
os pobres: encarcerados, jovens, negros, “favelados” e os movimentos populares
que denunciam as violações de direitos humanos e, por isso, são fortemente
vítimas de repressão, como por exemplo, a ação da segurança pública no caso da
desocupação do Parque Oeste Industrial, na repressão aos movimentos de luta
pela reforma agrária no campo.
Podemos
apontar como emblemático o exílio forçado, em plena democracia, do Padre
Geraldo da Casa da Juventude, grande defensor dos Direitos Humanos que atuava no comitê de combate à violência
policial e que, devido a ameaças de morte, teve que sair de Goiás. Além dos dados
alarmantes que mostram o aumento da violência por parte dos agentes das forças
especiais. A grande maioria a policia militar é responsável por 12% dos
homicídios cometidos em Goiás de 2003 a 2010 e 38 desaparecidos no período de
1999 a 2002, mais que na ditadura militar (Segundo dados do Cerrado –
Assessoria Jurídica Popular).
A
segurança pública de Goiás também está envolvida diretamente nos casos de
corrupção evidenciados na operação Monte Carlo, inclusive com um apadrinhado
político do senador Demóstenes Torres no comando da pasta.
FORA MARCONI, POR SUCATEAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA!
A política avaliativa e
as demais mudanças implementadas por esse governo foram planejadas em
gabinetes, sem considerar a posição dos profissionais em educação. Ao
contrário, têm sido impostas muitas vezes com a certeza da punição em caso de
descumprimento. O autoritarismo tomou conta dos encaminhamentos na secretaria
se estendendo às escolas e à UEG. Políticas de combate ao analfabetismo e
continuidade da escolarização deixaram de ser implementadas por falta de
interesse e compromisso deste governo.
O plano de carreira do
servidor foi totalmente modificado, ignorando-se o esforço e gastos dos
professores em cursos de formação. Os administrativos também não foram contemplados
em suas necessidades, recebem muito pouco, possuem um plano de carreira muito
ruim e estão sobrecarregados de serviços, devido ao déficit de funcionários que
é muito grande. As escolas estão sucateadas e cheias de contratos temporários
sendo explorados. O Governo do Estado de Goiás infelizmente está contribuindo
para a precarização da educação e para a extinção do profissional da educação. Fora
Marconi, pela concepção militar de educação tomada como modelo para a formação
de nossos adolescentes e jovens.
FORA MARCONI, POR PRIORIZAR O AGRONEGÓCIO EM DETRIMENTO Á REFORMA
AGRÁRIA!
Pela política agrícola que dá todo apoio aos
grandes fazendeiros e às agroindústrias que têm devastado o Cerrado goiano, com
a monocultura (cana de açúcar e soja), a criação de bovino e o uso criminoso de
agrotóxico. Não há nenhuma política pública estadual de incentivo aos
agricultores familiares e camponeses, sobretudo às famílias oriundas do
processo de reforma agrária. Assim, a
pequena agricultura, tão importante para combater a destruição do meio ambiente
como também levar alimentos saudáveis para mesa dos goianos, é deixada de lado
em favor dos grandes latifundiários e das agroindústrias que produzem para
exportação.
FORA MARCONI POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA!
Por favorecer o
crime organizado em Goiás - o jogo do bicho.
Por atender aos
pedidos de nomeação para cargos-chave do estado feitos por Cachoeira/Demóstenes
e outras empresas.
Pela Evolução
patrimonial de Marconi e Demóstenes, cujos patrimônios não condizem com a renda
de gestor/parlamentar público.
Pela nomeação de
amigo para no TCE- sem concurso público.
Pelo uso da
máquina pública para fazer campanha eleitoral.
Pela compra de
medicamentos sem licitação.
Pelo não afastamento
dos secretários: De saúde - Antônio Faleiros; De Educação - Thiago Peixoto e de
Cidadania - Henrique Arantes. Todos cometeram crimes de negligencia e violação
dos Direitos Humanos.
Junte- se a nós!
Levante sua voz! Fora Marconi! Fora s
corruptos! Lugar de corrupto é na cadeia.
Prisão para todos. Devolvam nosso dinheiro! Queremos saúde de qualidade,
boas escolas, bom transporte, bom saneamento, boas moradias, mais emprego, uma
vida digna. A corrupção é estrutural e em Goiás tem sido um instrumento do
campo conservador moralista. Precisamos combater essas práticas! Conclamamos
todos os movimentos populares a responsabilizarem politicamente esse moralismo
conservador.
Por Novas
eleições para o Governo do Estado e para o Senado!
Fora Marconi! Fora Marconi! Fora Marconi!
Levante sua
voz! Fora Marconi. Fora corruptos.
FÓRUM DE
MOVIMENTOS POPULARES DO ESTADO DE GOIÁS
Junho de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário