Após a mística de integração dos
participantes da primeira etapa da escola de educadores populares de Goiás que
nos levou a refletir sobre a nossa condição tanto de oprimidos como opressor em
determinadas situações. E da apresentação dos participantes dessa etapa –
Educadoras e educadores vindo de vários cantos do estado e dos mais diversos
movimentos populares. Iniciamos nossa discussão sobre as táticas e estratégias
para construção do poder popular. Para tanto contamos com a assessoria de
Cláudio Nascimento – Educador Popular e ensaísta sobre socialismo.
Para Claúdio Nascimento a nossa experiência
de luta é fundamental para que possamos superar os limites e as contradições
para construirmos o projeto popular. Nesse sentido foi apontado que aprendemos
com nossas derrotas bem como para montarmos nossas estratégias é necessário
conhecermos o terreno em que estamos atuando.
Cláudio Nascimento apontou que a estratégia é
o horizonte onde queremos chegar, já a tática muda de acordo com analise de
conjuntura que fazemos. Por tanto nossas táticas vão mudando de acordo com as
mudanças da conjuntura. Já mudar a estratégia a curto e médio prazo é
oportunismo.
O camarada também apontou algumas
experiências concretas de construção do poder popular atualmente na Bolívia,
Equador e Venezuela ou mesmo em projetos de assentamentos e aldeias indígenas
no Brasil.
Para Cláudio Nascimento durante muito tempo e
ainda hoje alguns grupos vêem a classe operaria industrial como o sujeito
principal da revolução. No entanto ele coloca que o sujeito da revolução se faz
na prática e não na teoria.
Por fim o período da manhã foi encerrado com
a divisão dos grupos que iriam estudar e apresentar a discussão a cerca da
experiência da Comuna de Paris. Atividade realizada após o almoço.
No período da tarde após a discussão nos
grupos sobre a experiência da Comua, os educadores retornaram para plenária
para apresentarem os frutos das discussões realizadas nos grupos.
Os educadores apresentaram um paralelo entre
o programa da Comuna de Paris e a nossa realidade hoje – O que podemos ver foi
o quanto essa experiência da Comuna foi tão importante e significativa. Que se
tivesse triunfado a realidade hoje seria bem diferente.
Após a apresentação dos grupos
aprofundamentos a discussão sobre o que foi a primeira experiência concreta de
tentativa de construção de um projeto popular. Que não foi uma experiência
pontual ou espontaneista mais sim fruto de um processo histórico bem anterior a
Comuna de Paris.
Por fim encerramos o dia fazendo uma
avaliação da nossa caminhada e assistindo o vídeo clipe da musica Latino
America do grupo Chileno Calle 13 – Despertando em todos nós a nossa
latinoamericanidade bem como presenteando nossos camaradas para que neste domingo
possamos fechar com muito entusiasmo e energia a nossa primeira etapa da escola
de educadores populares - Para continuarmos construindo a luta da classe
trabalhadora goiana, brasileira e latina americana.
*Pedro
Ferreira – Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista.
Para ver album de fotos do dia click no link: 2º Dia da Escola de Educadores Populares
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