O DCE-UFG dirige-se a toda a sociedade para
expressar o seu total apoio e solidariedade à greve dos professores, técnicos e
servidores federais. A greve estabeleceu-se num processo amplo de mobilizações
ocorridas devido a insatisfação do funcionalismo público federal com os rumos
tomados pelo governo federal.
Diante de um momento decisivo para educação no
país, o DCE-UFG reafirma a necessidade de uma ampla reforma universitária
democrática que possibilite posicionar a universidade como um centro produtor e
difusor de conhecimento para toda a sociedade.
O movimento grevista construiu-se em assembléias
nas quais se discutiu exaustivamente o papel politico da greve, como uma
expressão da insatisfação do modelo politico de educação adotado. Nos oito anos
do governo FHC inicia-se a implementação do projeto neoliberal, encabeçados por
PSDB e PFL (atual DEM) - a diretriz politica adotada pelo estado era de
liquidação do serviço público, terceirização, achatamento salarial e diminuição
de concursos.
Durante o governo Lula, algumas mudanças são
implementadas, como a retomada de concursos públicos, recomposição salarial e
cancelamento de contratos de terceirizações. A partir de 2007, ocorre o chamado
“crescimento vegetativo” da massa salarial do funcionalismo, repondo
parcialmente as perdas inflacionárias represadas.
No governo Dilma, os salários foram congelados no
primeiro ano de governo e as reposições inflacionárias passaram a ser
promessas, feitas de forma parcelada e após o período de apuração. É
estratégico para reversão do desmonte que a era neoliberal implicou na
capacidade de planejamento e oferta de serviços públicos essenciais à população
por parte do estado, a recomposição do quadro funcional via concurso público.
Diante desse quadro, o momento é de mobilização e
unidade politica. O DCE-UFG compreende que o movimento grevista foi construindo
sobre instâncias democráticas em amplo debate com a base nas assembleias. Assim
o DCE-UFG é contra qualquer decisão que não seja legitimada pela base em
assembléia, e se posiciona de forma contrária a atitude da ADUFG e PROIFES em
negociata com o governo.
Goiânia, 03 de agosto de 2012.
Diretoria Executiva do DCE-UFG
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