quarta-feira, 18 de abril de 2012

Estudantes da UEG protestam contra homenagem a os ex-reitores da universidade envolvidos em corrupção

 *Por Jefferson Acevedo

 Os alunos da UEG no dia 17/04 fizeram um ato na unidade de Anápolis próximo a BR-153 em protesto a homenagens aos antigos reitores, contando com a participação massiva dos estudantes de Anápolis e regiões vizinhas. As pautas de assistência estudantil, democracia interna e melhoria das condições precarias foram recolocadas e o Movimento Estudantil divulgou seguinte carta abaixo:


Universidade Estadual de Goiás
Homenagem a uma memória que gostaríamos de esquecer


Para os que ainda não sabem, ocorrerá hoje 17/04/12 na reitoria da Universidade Estadual de Goiás, uma singela homenagem. Para os estudantes, para os profissionais, para os professores, para os funcionários, certo? Errado. O tributo vai para o absurdo. Vai para uma memória que gostaríamos de esquecer. Hoje, às 9h00, ocorrerá uma menção honrosa aos ex-reitores da UEG José Izecias e Luiz Antônio Arantes: duas personalidades que compõem o grupo dos grandes responsáveis pelas dificuldades à qual a UEG se encontra.

  • Quem foi José Izecias?
Chegou ao cargo reitor da UEG mesmo contrariando o estatuto da instituição – que preconizava que, para ocupar o cargo, seria necessário ser do quadro efetivo e ter a titulação mínima de mestre. Izecias conseguiu o posto, sob a intervenção do então governador Marconi Perillo, com a missão de expandir desordenadamente o número de unidades universitárias da UEG, visando a ampliação da influência política do PSDB, bem como garantir uma área de influência que permitisse sua eleição para o cargo de deputado federal.
José Izecias, também foi o responsável por implementar um tipo de gestão que nunca priorizou o tripé ensino-pesquisa-extensão. Não houve uma política de assistência estudantil, tão pouco ações para a consolidação da UEG como um centro de excelência em nível superior. Como resultado, obteve-se uma universidade inchada, sem recursos, sucateada e com baixo desempenho nas avaliações institucionais. Uma universidade que não passava de “joguete político” e cabide de empregos.
Se não fosse o bastante, Izecias pediu exoneração de seu cargo em 2006 para concorrer às eleições no mesmo ano. Depois de uma vergonhosa derrota, tentou retornar, mas o movimento dos estudantes e professores impediu o seu retorno!

  • E quem foi Luiz Arantes?
Luiz Arantes foi o responsável por continuar a política mesquinha de Izecias e do Governo Estadual. Assim como o seu antecessor, era funcionário temporário e não atendia às exigências estatutárias. Acabou renunciando recentemente ao cargo, depois de inúmeras acusações de corrupção e desvios de verba. Isso depois de ter retirado todas as formas de auxilio despesas aos estudantes que participam de congressos; de retirar o ônibus dos professores que se deslocam de Goiânia para Anápolis; de apoiar a emenda caranguejo que diminuía o repasse do governo para a UEG de 2% para 0,25%; de legitimar e unir a um DCE pelego, que sempre agiu contra os estudantes.


Agora a pergunta que não quer calar:

  • Quem realmente deveria ser homenageado hoje?
Na verdade quem deveria ser homenageado é o Movimento Estudantil, professores e técnicos que nunca fugiram a luta; que estiveram em uma ocupação na praça cívica de 32 dias em 2007; que marcharam de Anápolis a Goiânia em 2009, que comeram macarrão debaixo do sol quente em protesto à falta de um Restaurante Universitário; que ocuparam reitoria e a BR-153; que marcharam em protesto inúmeras vezes nas ruas de Goiânia em defesa de uma universidade levada a sério; que conseguiu as 473 vagas para o concurso público de 2010; que conseguiu a aprovação do Plano de Cargos e Salários dos técnicos administrativos.
Esse movimento organizado conseguiu tirar um reitor, o concurso público já citado, barrar a emenda caranguejo, ampliar as discussões sobre as condições atuais da universidade, além de apontar várias demandas que estão sendo adquiridas aos poucos, com a consciência que todo movimento é processual e lento.


É um crime contra a sociedade homenagear, transformar esses dois indivíduos em figuras eméritas. Quanta hipocrisia existe nessa UEG? A UEG fez 13 anos e nada foi debatido sobre a situação deplorável em que a instituição se encontra.  Uma universidade que está há 13 anos se planejando, mas que nunca se transforma de fato! Enquanto isso, homenagem “políticas” são realizadas!

É hora de mobilizar. Mostrar a cara e deixar bem claro que não é esse tipo de universidade que queremos. Queremos mais! Merecemos mais! Para isso, precisamos abandonar esse passado obscuro, seguir em frente e levantar as nossas bandeiras por uma UNIVERSIDADE LEVADA À SÉRIO!

4 comentários:

  1. Quem é Jefferson Acevedo ?

    Esse rapaz é aluno da UEG-Anapolis e é militante do Fórum de Defesa da UEG. Em 2011 Jeferson junto com professores ligados a esse Fórum e os diretores da UnUCSEH e UnUCET se aliaram ao governador Marconi Perillo do PSDB e ajudaram a fazer intervenção na UEG. Com a intervenção o governo destruiu a autonomia e a gestão democrática dessa universidade. O cabndidato a reitor desse Fórum, Olacir Alves, havia perdido a eleição para reitor em 2008 e nunca se conformou com a derrota. O único meio que ele encontrou de se vingar do vencedor (Reitor Luiz Arantes) foi se aliando ao Governo tucano do PSDB e dar um golpe na democracia da UEG. Esse Jefferson possui dupla personalidade. Aque nesse espaço ele fala mal de Marconi e dois ex-reitores eleitos, mas esconde de todos que participou apoiando o Golpe de Marconi Perillo que culminou com a intervenção na UEG e a deposição de todo o reitorado.

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    1. De 2011 para cá Jefferson Acevedo e seus colegas do Fórum de Defesa da UEG não criticaram mais a reitoria da UEG e cessaram os protestos. Por qual razão? Porque são aliados do novo reitorado biônico do PSDB na UEG. A UEG continua sem RU, Sem assistência Estudantil e continua com todos aqueles velhos problemas. Por que não protestam mais? Porque os chefões do Fórum, Olacir, Marcelo Moreira e outros,deu uma ordem a eles para parar os protestos e eles feito soldadinhos do exercito forista tiveram que obedecer.

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  2. QUEM NA UEG PRECISA DE REITOR BIÔNICO?

    Desde outubro de 2011 representantes de diretores, professores, servidores e alunos da UEG têm buscado junto ao governo do estado, por meio de uma cansativa negociação, a alteração dos Artigos 10, 19 e 45 do estatuto da UEG que atualmente proíbe os professores e servidores de contrato temporário de participar como candidatos nas eleições para diretor de unidade e impede as entidades sindicais e estudantis de participar dos colegiados da universidade. Mesmo com dificuldades as negociações avançavam. Em março desse ano o governo recebeu representantes destas categorias e concordou com a proposta de minuta que previa a alteração dos referidos Artigos.

    Foi então marcada uma reunião para o dia 15 de maio, entre o governo, diretores de unidades e representantes de entidades sindicais e estudantis para fechar o acordo de mudança estatutária.

    Apesar da estranha presença da vice-reitora querendo entrar na reunião sem ser convidada, tudo caminhava bem, mas a informação sobre a reunião vazou e em 14 de maio, na calada da noite, o Magnífico Reitor Biônico da UEG Haroldo Reimer, orientado por “forças estranhas”, foi ao governo, bateu a mão na mesa e não aceitou que o pedido de alteração estatutária fosse aprovado.

    Foi então marcada uma reunião para o dia 22 de maio entre reitor e diretores de unidades para debater a situação. Na reunião o magnífico Reitor, de forma autoritária, não se comprometeu em defender essa proposta.

    Feito um César Soberbo ainda criticou duramente aqueles que haviam procurado o governo para fazer a negociação, como se possuísse alguma autoridade moral para reprimir o LIVRE ARBÍTRIO E O DIREITO CONSTITUCIONAL DE IR E VIR DAS PESSOAS EM UMA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA. Ora, o senhor Reitor (Biônico) e a Vice-Reitora (Biônica) são os personagens centrais de uma trama política vergonhosa e descabida que destruiu a democracia e a autonomia da UEG, ajudando a violar a LDB e elaborar um estatuto autoritário sem nenhuma participação da comunidade universitária. Além disso, não passam de dois agentes interventores que caíram de para quedas na reitoria pela imposição externa, pois nunca foram eleitos para os cargos que ora ocupam. Dois cidadãos que só conquistaram esse suposto poder por meio de um esquema antidemocrático, truculento e ditatorial, jamais visto na história de uma universidade pública, após a ditadura militar. Esse será conhecido como o período mais vergonhoso da história da UEG. Durante a reunião com os diretores o magnífico Reitor disse que quer fazer a coisa certa e legal e quer consertar as coisas erradas na UEG. Ótimo. Se quiser consertar coisas erradas e fazer o que é certo e legal comece seguindo a nossa sugestão:

    · Coloque em vigor o estatuto legal da UEG elaborado pela comunidade universitária em 1999 como manda a LDB.

    · Peça ao CsU – Conselho Universitário que revogue o “Novo Estatuto” já que ele não foi elaborado pela comunidade universitária como manda a LDB. Foi um estatuto feito na calada da noite sem a participação da comunidade, o que o torna totalmente ilegal, pois viola o Inciso I do Art. 53 da Lei Federal Nº 9394/96 (LDB).

    · Comece também afastando a vice-reitora que não foi eleita para o cargo que ora ocupa, já que a presença dela na UEG viola o Decreto nº 5.962, de 08 de Junho de 2004, onde diz que vice-reitor só pode ocupar esse cargo por meio de eleição.

    · Em respeito à democracia, a ética, a legalidade e a legitimidade comece também renunciando ao cargo de reitor, já que não foi eleito para tal função. Nem de lista tríplice vossa magnificência fez parte, portanto sua estranha presença na reitoria por si só já é uma afronta à lei e a decência.

    · Convoque imediatamente as eleições para o cargo de reitor e vice-reitor da Universidade Estadual de Goiás.

    DCE-UEG - DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UEG

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  3. COM A INTERVENÇÃO ILEGAL DO GOVERNO A UEG FOI TRANSFORMADA EM UM CEMITÉRIO, ONDE ESTÃO SEPULTADAS A CIÊNCIA, A DEMOCRACIA E A AUTONOMIA
    Quando foi criada em 1999 por Marconi, a UEG era formada por 13 faculdades estaduais. Poucos anos depois já possuía 42 Faculdades/Unidades e mais 20 Pólos (p/ oferecer LPP- Licenciatura Plena Parcelada). Um crescimento de mais de 370% sem nenhuma infra-estrutura. O grande negócio da propaganda governamental daquela época era: “Criamos a maior Universidade do Brasil” e “Marconi é pai da UEG” e a “UEG é a menina dos olhos do governador”.Tudo demagogia para ser utilizada pelo governo à exaustão nas eleições de 2000, 2002, 2004 e 2006. Associado a isso o governo Marconi (1999-2006) realizou apenas um concurso e foi somente p/ professores, com 400 vagas. O plano de carreira dos servidores técnico-administrativos só foi criado em 2010 durante a gestão de Alcides Rodrigues. O mesmo Alcides autorizou um concurso para professores que foi realizado em 2010 onde foram oferecidas 477 vagas. Depois que fez intervenção na universidade apenas para indicar “amigos” para ocupar os cargos o governo tenta utilizar o baixo índice da UEG no ENADE apenas para jogar a culpa dessa baixa avaliação no atual reitor e nos atuais diretores de unidades. Essa tática politiqueira e oportunista foi utilizada pelo governo à exaustão para tentar justificar a sua ação intervencionista ilegal nos cargos da UEG.A UEG só foi ter orçamento definido em lei em 2006. Orçamento de 2%, que dá um total de 140 milhões/ano. Pode parecer muito, mas é muito pouco quando é aplicado na universidade. Proporcionalmente é o pior orçamento entre as universidades públicas brasileiras.

    A UEG sempre viveu sob intervenção do governo de Marconi Perillo. Em 2003 fez intervenção na presidência da FUEG (mantenedora da UEG de quando ela era Fundação). A intervenção na FUEG durou até 2005, quando a ADUEG, SINDUEG e DCE através de inúmeras manifestações conseguiu derrubar a intervenção e fazer a LDB voltar a ser respeitada pelo governo. Em 2006 fez intervenção novamente na presidência da FUEG onde indicou Eliana França para ocupar o cargo. Ela não durou nem 02 meses na presidência, pois logo em seguida a ADUEG, SISTAUEG e DCE novamente organizou inúmeros protestos e o governo recuou demitindo essa senhora. Em janeiro de 2011 o mesmo Marconi Perillo, depois de prometer durante a campanha eleitoral de 2010, que respeitaria a autonomia da UEG e não se meteria na política interna da universidade, fez intervenção nos cargos de primeiro escalão demitindo 04 Pró-Reitores, o Diretor do Núcleo de Seleção e o Chefe de Gabinete do Reitor. Nesta quarta intervenção feita por Marconi na UEG ele indicou Cabos Eleitorais para ocupar esses 06 cargos na mais completa ilegalidade. Fez isso violando o Art. 29 do estatuto da UEG onde diz que somente o Reitor pode indicar seus Pró-Reitores. Não satisfeito ainda indicou mais uma Cabo Eleitoral de seu partido para ocupar de forma Ilegal a Vice-Reitoria da UEG.
    Agora o governador criou um Novo Estatuto para a UEG com o propósito de cassar o mandato do reitor eleito e de 29 diretores de unidades eleitos. Quer cassar também a participação das entidades sindicais da UEG nos órgãos colegiados da universidade. Esse é o retrato da UEG depois do abrupto processo de intervenção feita por esse governo.
    ADUEG – ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

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